Safra goiana pode alcançar novo recorde

Produção deve alcançar 22,2 milhões de toneladas, recorde para o Estado, graças a produção de milho e soja

Postado em: 08-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Produção deve alcançar 22,2 milhões de toneladas, recorde para o Estado, graças a produção de milho e soja

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou para cima a previsão de safra para Goiás. A terceira estimativa de 2016 para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas totaliza 22,2 milhões de toneladas, alta de 13,5%. Altas nos resultados das lavouras de milho de segunda safra (11,7%), alcançando 8,6 milhões de toneladas e de soja (22,1%), somando 10,5 milhões de toneladas. Por outro lado, as lavouras de algodão herbáceo tiveram queda de 23,3%. Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Lspa), estimativas de março, divulgados ontem IBGE.

Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima produção 12% maior para Goiás na safra que se inicia em 2015 e é colhida em 2016. A alta ocorre em função de melhora de 12,2% na produtividade do Estado que passa de 3,7 toneladas por hectare para 4,2 toneladas por hectare. A área plantada apresenta retração de 0,2%, totalizando pouco mais de 5 milhões de toneladas. Com os resultados, a produção goiana deve alcançar 21,2 milhões de toneladas nesta safra 2015/2016.

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O Estado planta mais de 5,2 milhões de hectares de grãos. Só com soja, milho primeira, algodão e feijão o Sul Goiano planta quase 2,8 milhões de hectares, que representam mais de 50% da área de grãos plantada no Estado. Com milho segunda safra são mais de 870 mil hectares representando mais de 77% da cultura no Estado. 

A colheita da soja em Goiás segue firme, e a estiagem atual contribui para que os produtores agilizem os trabalhos de colheita. A produtividade no Estado varia de 52 sacas por hectare no norte goiano a 56 sacas por hectare no leste do Estado. Alguns relatos, explicando a redução na produtividade, estão relacionados ao excesso de chuvas e falta de luminosidade no início de janeiro, que prejudicou o enchimento de grãos. Com relação ao ataque de pragas e doenças há, até o momento, poucos relatos desfavoráveis à cultura da soja.

Para o milho também espera-se bons rendimentos nesta safra verão. A pressão de pragas e doenças neste ano, foi baixa e as pulverizações feitas na fase inicial da cultura foram suficientes para controle de lagartas, segundo especialistas da Conab. Grande parte do material utilizado pelos produtores apresentou resistência ao ataque de pragas, incluindo as variedades convencionais. Chuvas alternadas com dias ensolarados foram importantes para o desenvolvimento da cultura, particularmente na fase de enchimento de grãos. Grande parte das áreas encontra-se em fase de maturação. 

Safra brasileira deve avançar 0,2% 

O País deve colher 210 milhões de toneladas, resultado 0,2% superior ao obtido em 2015, que foi de 209,5 milhões de toneladas. Embora as novas estimativas confirmem que a safra deste ano será novamente recorde, em comparação com as projeções de fevereiro, a produção variou negativamente em 0,6%. 

As estimativas da área a ser colhida, de 58,4 milhões de hectares, em contrapartida apresentaram crescimento de 1,1% frente à área colhida em 2015 (57,7 milhões de hectares), embora tenha retraído 18.742 hectares em relação às previsões de fevereiro.

Mais uma vez, confirmando as estimativas anteriores, os três principais produtos previstos para serem colhidos são o arroz, milho e soja, que, somados, representaram 93% de toda a estimativa de produção e responderam por 86,9% da área a ser colhida.

Em relação a 2015, houve acréscimo de 3,1% na área da soja e de 0,4% na área do milho. Já na de arroz, houve redução de 7,9%. Quanto à produção, houve aumento de 3,2% para a soja e redução de 7,8% para o arroz e de 2,2% para o milho.

A região Centro-Oeste responderá por 42,9% da produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas, o que equivale a 90 milhões de toneladas; o Sul por 35,8% do total (75,2 milhões de toneladas); o Sudeste por 9,9% (20,8 milhões de toneladas); a região Nordeste por 8,1% (17 milhões de toneladas); e o Norte produzirá 7 milhões de toneladas. 

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