Redução no investimento vai continuar

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou ontem que seguirá com o plano de venda de ativos da companhia

Postado em: 03-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou ontem que seguirá com o plano de venda de ativos da companhia

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou ontem  que seguirá com o plano de desinvestimentos (venda de ativos) da companhia e anunciou que manterá a atual diretoria da empresa.

De acordo com Parente, esse tipo de plano vem sendo adotado por diversas companhias pelo mundo e é fundamental para reforçar o caixa da estatal e reduzir a dívida.  “A busca por uma relação adequada entre a dívida e o capital da companhia permanecerá como uma obsessão da direção da empresa”, disse no discurso na cerimônia de transmissão de cargo, na sede da Petrobras, no centro do Rio.

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Para melhorar o desempenho da companhia, Parente destacou que é preciso nova governança corporativa para recuperar a credibilidade da empresa, o resgate da responsabilidade econômica,financeira e social da Petrobras e o fortalecimento da gestão de riscos, que inclui imagem, mercado de crédito e atenção redobrada para segurança operacional e socioambientais.

Diretoria

Depois da cerimônia, Parente anunciou, em entrevista coletiva, que toda a diretoria da empresa será mantida e que o trabalho será em conjunto. Ao classificar de “belíssima diretoria”, Parente disse que a equipe vem fazendo um trabalho importante desde fevereiro do ano passado. “Fizemos juntos este discurso assim como o professor Nélson [Luiz Nélson Guedes de Carvalho- presidente do Conselho de Administração] também em nome do conselho. Fizemos juntos e procuramos trabalhar de uma maneira que pudesse expressar o ponto de vista da empresa exatamente pelos seus corpos diretivos”, destacou.

Críticas

Em resposta às críticas encaminhadas por entidades representantes dos petroleiros ao Conselho de Administração da Petrobras sobre sua atuação na crise energética em 2001, Parente afirmou que foi aprovado no teste de integridade feito pela empresa para novos diretores.

As entidades argumentam que a Petrobras sofreu prejuízos naquele ano quando foi determinado o uso de termelétricas durante a crise de energia, que ficou conhecida como apagão. Na ocasião, Parente coordenou as ações do governo de Fernando Henrique Cardoso contra a crise. 

“Eu soube da resistência de uma das entidades sindicais, mas para mim o que é chave foi o que eu disse no meu discurso. Esse é um momento de reconstrução da empresa e o que fiz no discurso foi chamá-los para um diálogo desde que estejam imbuídos com o mesmo propósito, a partir do Conselho de Administração, da diretoria. Acredito, da imensa maioria dos colaboradores que é reconstruir, resgatar esta empresa. Essa empresa precisa ser resgatada. Se eles tiverem com este espírito, não teremos nenhum problema em dialogar”, completou.

O presidente do conselho, Luiz Nélson Guedes de Carvalho, disse que não foi encaminhada uma resposta formal aos representantes dos petroleiros. “Muito me alegra saber que os petroleiros estão preocupados com os prejuízos da Petrobras. Se eles tivessem este espírito há mais tempo talvez não teríamos chegado ao ponto que chegamos”. (Agência Brasil)

 

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