Alimentos desaceleram inflação em Goiânia

A desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Goiânia foi devido ao crescimento da oferta de produtos alimentícios básicos

Postado em: 08-10-2016 às 06h00
Por: Redação
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A desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Goiânia foi devido ao crescimento da oferta de produtos alimentícios básicos

Pelo segundo mês consecutivo, a inflação em Goiânia apresentou recuo em setembro, na comparação com agosto, ficando em 0,11%. A menor taxa do ano e também nos últimos 12 meses. A desaceleração do índice foi graças, principalmente, à descompressão dos preços de vários produtos alimentícios como o leite longa vida (-13,06%), o feijão carioca (-7,32%),  batata inglesa (-28,26%),  repolho (-17,38%),  cebola (-6,30%),  tomate (-6,11%),  ovos (-10%),  açúcar (-1,20%) e frutas como a banana prata (-19,84%) e a melancia (-4,84%), entre outros. No ano, a inflação acumulada é de 7,52% e nos últimos 12 meses de 11,94%.

Segundo o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), economista Marcelo Eurico de Sousa, a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Goiânia foi devido ao crescimento da oferta de produtos alimentícios básicos e também a menor demanda por parte dos consumidores, que continuam sentindo no bolso os efeitos da crise econômica brasileira, aliada ao desemprego.

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Além da queda dos preços de alguns itens do grupo alimentação (-1,28%), também tiveram recuo os grupos de despesas pessoais (-0,38%) e da educação (-0,25%). Os grupos de habitação (1,73%), de saúde e cuidados pessoais (1,52%), de artigos residenciais (1,64%), transportes (0,29%), vestuário (0,29%) e de comunicação (0,06%), apresentarem resultados que mantiveram o índice geral positivo em 0,11%, que é o menor para o mês de setembro desde 2009.

Peso
Em setembro, o reajuste do preço do gás de cozinha, em 5,38%, teve forte influência no índice da inflação refletindo nos custos da habitação. Também pesaram as altas do aluguel residencial, sabão em barra e em pó e de outros produtos de limpeza. No grupo de saúde e cuidados pessoais ocorrem aumentos nos preços dos serviços de tratamento dentário (6,59%), e de alguns medicamentos como anti-inflamatório e antirreumático (8,57%) e dos antigripal e antitussígeno (4,39%).

Nos artigos residenciais houve reajuste nos preços de conjunto de som (5,70%), da mesa e cadeira para cozinha (7,70%) e do colchão de solteiro (4,94%). No grupo de transportes ficaram mais altos os preços de motocicleta (4,82%), do etanol (1,47%) e da gasolina comum (0,52%). No vestuário, ocorreram reajustes nos preços de calça infantil (5,26%), bermuda e short infantil (8,23%); bijuteria (5,67%); sandália/sapato de mulher (2,47%), sandália infantil (3,29%) e tênis adulto (2,13%). Os serviços de telefonia pré-pago também ficaram mais caros em 0,65%.

Na contrapartida, além da queda dos preços de alguns alimentos básicos, os serviços do grupo de despesas pessoais também tiveram recuo como o corte de cabelo feminino (-3,93%), ingresso para futebol (-7,47%) e brinquedos (-2,99%). A pesquisa do IMB/Segplan também mostrou redução nos preços de cursos de informática (-2,21%), uniforme escolar (-0,67%) e artigos de papelaria (-0,55%).

Cesta básica
Em setembro, o trabalhador goianiense, que ganha um salário mínimo por mês (R$ 880,00), teve um pequeno alívio no bolso ao adquirir os produtos da cesta básica, composta por 12 itens. Ele desembolsou R$ 346,72, valor 3,35% inferior ao de agosto (R$ 358,74). No ano, o valor da cesta já subiu 8,60% e em 12 meses a alta é de 20,99%.

Dos 12 itens pesquisados pelos técnicos do IMB/Segplan sete tiveram alta, quatro apresentaram queda e um (pão) ficou estável. Os preços dos legumes/tubérculos tiveram redução (-15,07%), o leite (-13,06%), o feijão (-5,34%) e o açúcar (-1,20%). Os reajustes ficaram por conta da carne (3,07%), arroz (0,35%), farinha/massas (0,30%), café (1,34%), margarina (1,23%), óleo (2,60%) e frutas (7,95%).

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