Preço da ceia natalina sobe em 2016; produtos têm variação de mais de 300%

O Procon Goiás divulgou nesta terça-feira (20), um
levantamento realizado entre os dia 12 a 19 de dezembro de produtos da ceia de natal.

A pesquisa, que tem como objetivo auxiliar os consumidores visitou diferentes estabelecimentos, tais como supermercados e armazéns da capital.

Foram verificados durante a pesquisa, preços de 89 itens utilizados durante o preparo da ceia natalina, como: frutas, grãos, panetones, aves, carnes e bebidas. A maioria dos produtos populares pesquisados sofreram aumento médio nos últimos 12
meses, enquanto outros permaneceram ou tiveram queda. 

Os tradicionais panetones (frutas e chocolate) registraram subiram 4,85%,
considerando o preço médio praticado em dezembro de 2015 e os preços
médios atuais; Já as carnes e aves (peru, chester, tender, pernil e lombo) tiveram um aumento de 5,94%, no mesmo período de comparação.

Devido à alta, o Procon Goiás indica aos goianienses que
a pesquisa nos preços é importante para o consumidor. O órgão alerta também que
atos da pesquisa rotineira em substituir produtos de marcas mais caras por
produtos de preços com valor inferior, devem salvar o orçamento para o próximo ano.

Em relação ao bacalhau, considerando os tipos pesquisados
(Ling, Porto e Saithe), o aumento médio registrado foi de 4,55%. Neste
caso, a pesquisa apontou que se considerada o aumento médio registrado individualmente, o quilo do bacalhau do Porto de 10,21%. No
ano passado, o quilo era vendido em média a R$ 53,91 e atualmente
custa, em média, R$ 59,41;

As frutas, por sua vez, tiveram redução no preço. O órgão
apurou uma redução média de 6,75%, considerando os preços médios atuais e
os preços apurados no último levantamento realizado em 12/2015.

Variação

Considerando apenas produtos idênticos, ou seja, mesma
marca e tamanho, o Procon Goiás apontou variação de 54,73% no
Panetone Bauducco (frutas) de 500 gramas. O menor preço encontrado foi de R$
14,80 e o maior a R$ 22,90. Já o quilo do peru tradicional Sadia foi encontrado com
menor preço a R$ 14,48 e o maior a R$ 21,90, variação de 51,24%. Com 80,12% de variação, o quilo do chester
desossado da marca Perdigão teve oscilação de preços variando entre R$ 15,49 a
R$ 27,90;

O quilo do Tender Bolinha Sadia, cuja variação de preço
foi de 94,09%, foi encontrado a preços que variaram entre R$ 23,69 a R$
45,98. O pernil congelado sem tempero da marca Sadia, teve o
quilo encontrado ao menor preço de R$ 9,99 e o maior a R$ 18,98, variação
de 89,99%. Vendido dentro dos açougues dos supermercados, o quilo do
lombo suíno teve o menor preço encontrado a R$ 12,99 e o maior a R$ 19,99,
variação de 53,89%;

O tradicional bacalhau do Porto, foi encontrado ao menor
preço do quilo a R$ 47,90 e o maior chegando a custar até R$ 76,90. Variação
de 60,54%.

O azeite de oliva extra virgem Gallo 500 ml, foi
encontrado com preços que variaram entre R$ 21,48 até R$ 34,99, variação
de 62,90%.

Já em relação às frutas, o órgão salienta que é muito
importante dar preferência para os dias de promoção de hortifruti, já que
muitas dessas grandes variações identificadas pelo órgão se deram ao fato de no
momento da coleta alguns estabelecimentos estarem praticando preços
promocionais.

Outros exemplos

O quilo do pêssego nacional foi encontrado ao menor preço
a R$ 1,89 e o maior a R$ 6,99, variação de 269,84%. A bandeja de morango, cuja variação entre menor e maior
preço chegou a 200,67%, houve preços variando entre R$ 2,99 a R$ 8,99. O quilo da Nectarina teve variação de 334,45%, com
preços que variaram entre R$ 2,99 a R$ 12,99.

Sem levar em consideração a marca, mas considerando o
mesmo peso, podemos citar o pacote de 200 gramas da castanha do Pará sem casca,
cuja variação chegou a 78,05%, com preços variando entre R$ 14,99 a R$
26,69;

O pacote de 250 gramas de Pistache torrado teve o menor
preço encontrado a R$ 27,99 e o maior a R$ 39,95, variação de 42,73%.

Já em relação às bebidas, com variação de 121,14%, a
garrafa de 660 ml do espumante Cereser Tradicional variou entre R$ 7,19 a R$
15,90.

Reajuste

Numa simulação realizada pelo Procon Goiás, considerando os
preços médios de dez itens que fazem parte da ceia de Natal, como frutas,
castanhas, carnes e bebidas, foi registrado aumento médio
de 14,09% (aumento de R$ 25,96 em 10 produtos). Orientações básicas para não extrapolar o orçamento
doméstico na compra dos produtos da ceia de Natal.

Dicas

Segundo o órgão, é muito importante definir previamente, de acordo com o
orçamento doméstico familiar, quanto poderá ser gasto com as compras desses
produtos. É preciso levar em consideração alguns tipos de marcas com preços
mais atrativos e elaborar uma lista de produtos, considerando em primeiro lugar
aqueles itens que não poderão ficar de fora da ceia natalina.

Com a ajuda de uma calculadora, o consumidor pode contabilizar os
produtos na medida em que for colocando-os no carrinho. Desta forma ele poderá
avaliar, após a compra dos produtos essenciais, quanto ainda pode ser gasto
com as compras dos produtos não considerados essenciais. Sendo assim, além de
não prejudicar a qualidade da ceia de Natal, a saúde financeira ficará
preservada. (Redação com informações do Procon Goiás)