Confiança do consumidor sobe 6,2 pontos em janeiro, diz FGV

A reversão do quadro de queda da confiança do consumidor compensou a maior parte das perdas acumuladas nos dois últimos meses do ano

Postado em: 25-01-2017 às 10h04
Por: Renato
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A reversão do quadro de queda da confiança do consumidor compensou a maior parte das perdas acumuladas nos dois últimos meses do ano

A expectativa de melhora da economia, aliada à queda da
inflação e a redução das taxas de juros contribuíram para o aumento de 6,2
pontos no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em janeiro  deste 
ano, passando a 79,3 pontos. A reversão do quadro de queda da confiança do
consumidor compensou a maior parte das perdas acumuladas nos dois últimos meses
do ano e que chegou a 6,7 pontos.

Os dados relativos à Sondagem de Expectativas do Consumidor
foram divulgados nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre-FGV) e permitiu que o indicador retornasse aos patamares
próximos aos de setembro do ano passado.

Segundo a FGV, houve em janeiro uma acomodação das
avaliações dos consumidores em relação à situação presente, aliada a uma
expectativa menos negativa em relação ao futuro no que se refere a economia,
finanças, emprego, compras, inflação e taxa de juros.

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Com isto, o Índice da Situação Atual avançou 2,9 pontos,
para 68,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas subiu 8,3 pontos, atingindo
88,1. A coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt,
comentou os dados de janeiro da pesquisa e a reversão da tendência da posição
dos consumidores sobre a economia brasileira.

“A alta da confiança em janeiro está relacionada às
expectativas de melhora do ambiente econômico com a queda na inflação e a
aceleração do movimento de redução das taxas de juros prevista no curto prazo”,
disse.

A economista chama a atenção para a melhora da
expectativa  que acontece mesmo com os níveis de incerteza ainda altos e
as perspectivas para o mercado de trabalho se mantendo ruins neste primeiro
semestre. “Mas as boas notícias da virada de ano aumentaram as chances de uma
recuperação da confiança (ou, por enquanto, alívio da desconfiança) nos
próximos meses”, explicou.

Satisfação do consumidor

Com a mudança do quadro verificado pela FGV na Sondagem de
Expectativas, a satisfação do consumidor com relação à situação financeira
familiar atingiu 61,6 pontos, uma variação de 4,3 pontos em relação ao mês
anterior, quando atingiu o mínimo histórico ao fechar em 57,3 pontos.

Dentre os quesitos integrantes do Índice de Confiança do
Consumidor, aquele que mede o grau de otimismo em relação à situação econômica
nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para a alta da confiança em
janeiro. O indicador subiu 8,4 pontos, recuperando parte das perdas de -9,6
pontos ocorridas nos últimos dois meses.

Comparando os resultados por faixas de renda, houve, segundo
a FGV, aumento da confiança em todos os níveis, com a faixa de renda familiar
mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, contribuiu para o aumento do Índice de
Confiança do Consumidor. Nesta faixa de renda familiar, houve uma variação de
11,3 pontos, elevando o indicador a 83 pontos – o maior nível desde janeiro de
2015. 

Na Sondagem de Expectativas do Consumidor relativa a
janeiro, a FGV coletou informações em 2.086 domicílios entre os dias 2 e 21 de
janeiro. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 22 de
fevereiro de 2017.

Foto: (Reprodução) 

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