Profissionais e empresas apostam em economia colaborativa

A crise econômica que segue afetando o Brasil, e que se agravou especialmente no ano de 2016, reflete diretamente no poder de

Postado em: 22-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A crise econômica que segue afetando o Brasil, e que se agravou especialmente no ano de 2016, reflete diretamente no poder de compra e de investimento das empresas e das pessoas. Resultado disso: menos dinheiro circulando. Mas tanto aqui como em outros lugares do mundo a chamada economia colaborativa tem surgido com novas formas de fazer negócio, muitas sem uso do dinheiro, como a permuta.

Um evento marcado para ser realizado hoje, em Goiânia, pretende não só ensinar às pessoas mais sobre esse novo conceito de economia, mas também servir como espaço para que empresas de qualquer porte e profissionais autônomos possam fazer transações comerciais sem uso de dinheiro. 

A Rodada de Negócios promovida pela plataforma de permutas multilaterais XporY.com pretende gerar mais de 6 mil oportunidades comerciais em diversas áreas. A feira, que será realizada no K Hotel, no Jardim Goiás, das 8h às 21h, irá reunir mais de 400 pequenos e médios empresários e profissionais liberais, que compõem a rede online da XporY.com e irão ofertar seus produtos e serviços em troca de outros. Haverá também uma programação aberta ao público em geral, com aulas gratuitas e introdutórias sobre conceitos de economia colaborativa.

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Segundo o fundador da XporY.com e idealizador do evento, Rafael Barbosa, para cada rodada serão formados nove grupos de nove integrantes. Cada  participante terá a chance de passar por todos os grupos, para apresentar seus produtos e serviços. A expectativa é de que sejam movimentados mais de 3 milhões em X$ (moeda virtual adotada pela plataforma e que é compatível com o Real) nas negociações e transações que serão feitas durante o evento. Para estimular a prática da permuta, haverá uma feira de produtos e uma praça de alimentação que aceitarão a moeda virtual.

Quando a coisa aperta

Uma das que apostam nesse conceito é a empresária Dilze Percílio, da agência de RH Apoio Empresarial. Integrante da XporY.com há quase três anos, ela passou a ser uma usuária mais frequente da permuta com a chegada da crise. “A coisa apertou e o negócio tem que continuar funcionando. Por isso, a economia colaborativa é o caminho. Consigo manter meu padrão de atendimento e operação sem depender do dinheiro do caixa. Por exemplo, renovei a comunicação visual da minha empresa pagando em X$ (moeda usada na plataforma de permuta multilateral), coisa que eu não teria condições de fazer no momento se fosse para pagar em Reais”.

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