Goianos se assustam com aumento do valor das parcelas de imóveis. Saiba como renegociar

Procon teve aumento de pedidos para revisão do preço

Postado em: 23-05-2021 às 13h32
Por: Carlos Nathan Sampaio
Imagem Ilustrando a Notícia: Goianos se assustam com aumento do valor das parcelas de imóveis. Saiba como renegociar
Procon teve aumento de pedidos para revisão do preço | Foto: Reprodução

Alguns consumidores goianos tiveram um susto no valor da parcela da compra de imóveis nos últimos anos negociados pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), estão encontrando dificuldades para honrar com esses compromissos. Somente nos últimos 12 meses (05/2020 a 04/2021), o índice registrou um acumulado de 32,03%. 

Nesse tipo de contrato em sua maioria, além da correção monetária, são inseridos na composição do reajuste, juros remuneratórios de até 1% ao mês. Essa preocupação de não conseguir pagar as prestações fez com que vários consumidores goianos procurassem o Procon para verificar se esses cálculos apresentados pelas empresas, de fato, estão corretos. 

Para se ter uma ideia, somente de janeiro a abril deste ano, foram realizados 379 cálculos, uma média de quase 100 por mês. Um contrato assinado em abril de 2016, cujo valor da parcela àquela época era de R$ 485,00, parcelado em 120 vezes, com primeiro vencimento em 19/05/2016. Agora em maio de 2021, o valor saltou para R$ 1.419,98.

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William Baghdassarian, professor de economia do Ibmec, explica que os contratos nas condições do indexador são mais antigos e variam de acordo com o valor do dólar. “Os baseados em IGP-M são mais antigos e ele não é muito usado atualmente. Os preços estão subindo devido que em 2020 a taxa de câmbio estava em R$ 4,20. No final chegou a R$ 5,40 e neste ano chegou a R$ 5,70”, pontua.

O economista orienta que caso o contrato seja neste indicador, o ideal é mudar o indexador do contrato. “Neste caso, ela pode e deve fazer em buscar uma negociação sobre o tipo de contrato junto a instituição financeira ou fazer uma portabilidade e trocar para uma taxa fixa que é mais alta, mas dá uma maior segurança ou pelo Índice Nacional de Preço Amplo (IPCA)”, complementa. 

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