Vendas na Páscoa devem crescer 1,3%, estima CNC

Este pode ser o maior aumento real de faturamento para o período desde 2014

Postado em: 31-03-2017 às 15h30
Por: Toni Nascimento
Imagem Ilustrando a Notícia: Vendas na Páscoa devem crescer 1,3%, estima CNC
Este pode ser o maior aumento real de faturamento para o período desde 2014

A Páscoa deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país, um
crescimento de 1,3% em volume de vendas – já descontada a inflação –, na
comparação com 2016. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este pode ser o maior aumento real de
faturamento para o período desde 2014, quando o volume de vendas cresceu 2,6%.

Já a geração de vagas será menor em relação ao ano passado.
A expectativa é que sejam gerados 10,7 mil postos de emprego, sendo que, no ano
passado, foram 11,3 mil. Os supermercados responderão por 60% das vagas geradas
e pagarão um salário médio de admissão de R$ 1.170.

Continua após a publicidade

Segundo a CNC, o aumento nas vendas tem relação direta com a
queda nos preços, pois a variação média da cesta composta por bens e serviços
mais demandados nesta data (4,6%) foi a menor desde o mesmo período de 2008.

Efeitos do câmbio

“Além do longo período de queda da demanda, o comportamento
da taxa de câmbio tem contribuído para o menor ritmo de reajuste de preços
desses produtos. Durante o período de formação dos estoques do varejo para a
páscoa, também houve um recuo de 17,4% do dólar frente ao real, comportamento
inédito para os últimos sete anos”, explica Fabio Bentes, economista da CNC.

Somente o chocolate sofreu aumento expressivo, segundo o
estudo, que teve alta de 14,6% por conta da alteração da fórmula de cálculo do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Os preços dos demais produtos
registraram desaceleração ou queda em relação à páscoa de 2016, destacando-se
passagens aéreas (-1,3%) e combustíveis (-0,8%).

Ainda segundo a CNC, a absorção de mão de obra deve ser
praticamente nula, seguindo o ritmo dos últimos três anos. O baixo aumento das
vendas e a improvável reversão das condições de consumo no curto prazo são os
principais fatores.

(Agência Brasil) 

Veja Também