Varejo mira no e-commerce para alavancar as vendas

A tendência de migração de vendas do comércio físico para o mercado online foi definitivamente transformada e agora já é uma realidade. O índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital, apresentou que as vendas pelo e-commerce continuam em alta no Brasil. Em abril, houve alta de 17,74% nas vendas em relação ao mesmo mês do ano passado. Considerando a mesma base de comparação, o faturamento do setor também teve alta: 40,68%.

Já dados divulgados pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) apontam para o aumento da participação do e-commerce nas vendas de varejo, respondendo por 19% do total em 2020, um crescimento expressivo em comparação com 2019, quando a taxa era de 16%. No total, lojas on-line arrecadaram US$ 26,7 trilhões durante o ano passado, um marco histórico para o setor. Esse crescimento é corroborado por diversas pesquisas de mercado, que registram crescimento em diversos países. Ainda de acordo com a pesquisa da Unctad, a Coreia do Sul é o país com maior crescimento, indo de 20,8% em 2019 para 25,9% em 2020.

Neste sentido, e adepta de compras online, a farmacêutica Paula Karine, que está dentro deste público, comenta que prefere a praticidade, já que não precisa se deslocar até a loja para adquirir o produto. “Faço compras virtuais há pelo menos cinco anos. Geralmente os preços são mais acessíveis e sempre tem promoções com frete grátis. Acredito que essa tendência veio mesmo para ficar, existe uma boa competitividade de preço no comercio virtual, facilita a compra pois em geral tem a descrição fiel do produto, você consegue comprar de onde estiver para entregar onde quiser.

Lojas físicas precisaram se adaptar ao novo normal e desenvolveram novas formas de vender seus produtos, tanto por atendimento via WhatsApp e divulgação por mídias sociais quanto através de novos e-commerces e participação em marketplaces. De olho nessa tendência, o Buriti Shopping lançou recentemente uma plataforma digital, que reúne no ambiente online suas principais lojas e um mix de opções. O marketplace do Buriti Shopping facilita todo o processo de compras, já que é possível reunir em um só pagamento, os produtos de diferentes lojas. Além disso, o cliente pode decidir retirar na loja ou aproveitar a promoção de lançamento do site e receber em casa, com frete grátis para Aparecida de Goiânia e Goiânia.

De acordo com o superintendente do Buriti Shopping, Igor Alarcão, o novo site de compras vai facilitar as vendas principalmente dos pequenos e médios lojistas que não tinham estrutura para montar o próprio e-commerce. “As compras online já eram uma realidade dos brasileiros, mas com a pandemia, esse comportamento de comprar pela internet se intensificou. O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, principalmente dos pequenos e médios lojistas, e oferecer mais uma opção segura para o nosso público”, explica.

O empresário Reginaldo Mangili, proprietário das lojas Mangili e Ester Semi Joias, ambas localizadas no Buriti Shopping, explica que como o cenário econômico continua incerto, é preciso investir em todas as opções que possam alavancar as vendas. “Concordo que o comportamento do consumidor está mudando e precisamos conversar com esse público. A maioria dos meus clientes ainda prefere comprar pessoalmente, mas nós sempre conversamos, passamos o endereço das nossas redes sociais, número do whatsapp, e agora do site, porque, caso o shopping venha a fechar novamente, nossos produtos estarão disponíveis nos canais virtuais. Estou otimista com o site de compras, principalmente para o Dia dos Namorados, que é uma das datas mais importantes para nós. Geralmente as vendas de alianças crescem muito neste período”, explica.

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de janeiro a março de 2021, 17,2% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online. Observa-se uma queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior (18,4%). Já na comparação com o mesmo período em 2020 (12,3%), houve crescimento de 4,9%.