Preços pelo IGP-DI fecham março com deflação de 0,38%

Dados relativos ao IGP-DI foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas

Postado em: 06-04-2017 às 10h00
Por: Renato
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Dados relativos ao IGP-DI foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas

A inflação, medida pelo Índice Geral de Preços –
Disponibilidade Interna (IGP-DI), fechou março com forte desaceleração. Houve
deflação (inflação negativa) de 0,38%, resultado que chega a ser 0,44 ponto
percentual inferior ao de fevereiro: alta de 0,06%. Em março de 2016, a
variação atingiu 0,43%.

Os dados relativos ao IGP-DI foram divulgados hoje (6), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV). Eles indicam que a alta acumulada pelo indicador nos três
primeiros meses do ano foi de 0,12%. Em 12 meses, o IGP-DI acumula alta de
4,41%. A taxa de março foi calculada com base nos preços coletados entre 1º e
31 do mês de referência.

O comportamento dos preços ao produtor foi decisivo para a
taxa negativa, uma vez que os preços ao consumidor e da construção fecharam com
resultado positivo. No primeiro caso, houve aceleração de preços frente ao mês
imediatamente anterior e no segundo, desaceleração, embora a taxa ainda tenha
fechado com variação positiva.

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Preços ao Produtor

Principal responsável pelo deflação do IGP-DI, o Índice de
Preços ao Produtor Amplo (IPA) acusou inflação negativa de 0,9 ponto
percentual, ao passar de uma deflação de 0,12% em fevereiro para 0,78% em
março. O IPA responde por 60% dos preços do IGP-DI.

A redução de quase 1 ponto percentual entre fevereiro e
março foi puxada pelos grupos Bens Intermediários e Matérias-Primas Brutas,
embora todos os três grupos componentes do IPA tenham fechado com variação
negativa.

No caso dos Bens Intermediários a deflação chegou a 0,89%,
revertendo uma alta de 0,21% em fevereiro. O principal responsável por este
recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de
variação passou de 0,81% para -0,7%.

Já no grupo das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação
passou de -0,51% em fevereiro para -1,51% em março, neste caso uma redução de
preços de 1 ponto percentual. Os destaques no sentido descendente foram: milho
(em grão) (-4,82% para -9,63%), laranja (9,66% para -1,97%) e mandioca (aipim)
(-0,03% para -5,06%).

Em sentido ascendente, minério de ferro (1,56% para 3,41%),
bovinos (-2,67% para -0,71%) e aves (-2,73% para -0,50%). Embora tenha fechado
com variação positiva, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve
desaceleração ao passar de 0,47% em março para 0,31% no mês anterior. (Agência
Brasil) 

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