Inflação de Goiânia volta a recuar em abril

Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Capital acumula no ano a variação e 0,01%

Postado em: 10-05-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Inflação de Goiânia  volta a recuar em abril
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Capital acumula no ano a variação e 0,01%

A inflação de Goiânia voltou a recuar em abril, na comparação com março, ficando em -0,08%, o segundo índice negativo do ano. Em fevereiro a taxa ficou em -0,98%. Assim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Capital acumula no ano a variação e 0,01% e, nos últimos 12 meses, 3,30%. Esses resultados estão muito abaixo dos 3,89% e de 11,20% respectivamente registrados no mesmo período do ano passado.

Os dados divulgados nesta terça-feira (08) pela Gerência de Pesquisas Sistemáticas e Especiais, do Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), mostram que, este ano, a inflação de Goiânia está variando muito. “Os preços estão numa gangorra. Por isso, mais uma vez, os consumidores devem continuar atentos na hora de suas compras, pesquisando os preços e tentando fazer economia do seu dinheiro, pois está difícil prever o comportamento da economia para os próximos meses”, alerta o gerente do IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa.

Em abril, ajudaram a segurar a inflação, com índice negativo, os grupos de habitação (1,86% para -0,71%), de alimentação (0,36 para -0,35%) e de transportes (-0,15% para -0,50%). Os itens que mais contribuíram para o recuo no índice foram: energia elétrica (-4,29%); feijão carioca (-5,73%), arroz (-1,10%), óleo de soja (-9,54%) maçã (-14,18%) e combustíveis (-0,34%).

Continua após a publicidade

O índice de abril teve pressão de alta dos grupos de saúde e cuidados pessoais (1,48%), comunicação (0,65%), artigos residenciais (0,59%), vestuário (0,44%), despesas pessoais (0,06%) e educação (0,01%) o que impediu uma queda maior da inflação de Goiânia.

Grupos

Em abril, no grupo habitação houve queda de -4,29% no custo da energia elétrica, embora o gás de cozinha tenha subido 1,10%. Já na alimentação além do feijão carioca, do arroz, do óleo de soja e da maçã, também, registraram queda de preços a melancia  (-16,30%), banana maçã (-12,90%), carne bovina – coxão duro – (-2,82%), alcatra (-1,52%), paleta (-2,40%), açúcar (-1,17%), lombo suíno (-1,96%), ovos grandes/extras (-0,68%) e o leite LV (-0,32%). O custo da alimentação fora do domicílio ficou estável.

No grupo de transportes, houve registro das quedas dos valores das passagens de ônibus interestadual (-7,80%), da motocicleta (-4,88%), da gasolina comum (-0,27%), etanol (-0,73%) e do óleo diesel (-0,94%).

De acordo com os dados do IMB/Segplan, no mês passado, os medicamentos subiram pesando no grupo de saúde e cuidados pessoais. Os hormônios aumentaram 8,38%, como os vasodilatadores/pressão arterial (7,51%), os anticoncepcionais (6,52%), os antialérgicos (4,18%) e os fortificantes e vitaminas (3,06%).

Também falar ao telefone celular ficou mais caro 3,96% para o serviço de pós-pago e em 3,21% para os pré-pagos. Os artigos de vestuário e outras despesas pessoais também subiram, bem como os artigos residenciais, com destaque para a geladeira (1,95%), fogão 4 bocas(3,69%) e mesa e cadeira para cozinha (6,28%). Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB, 94 apresentaram elevação, 35 ficaram estáveis e 76 tiveram variação negativa.

Cesta básica

A baixa dos preços dos alimentos, em abril, também contribuiu para a queda do custo da cesta básica do goianiense, que ganha um salário mínimo por mês (R$ 937,00). Para comprar a cesta com 12 itens o trabalhador gastou R$ 323,63, valor  -0,39% inferior ao registrado em março último. No acumulado do ano a cesta já diminuiu -4,66%.

Dos 12 itens básicos da cesta básica do goianiense, sete tiveram recuo de preço no mês passado: carne (-0,823%), leite (-0,32%), feijão (-6,10), arroz (-1,10%), açúcar (-1,17%), óleo (-9,54%) e frutas (-9,82%). O pão ficou estável e tiveram alta a farinha/massas (0,57%), legumes/tubérculos (7,58%), café (0,49%) e a margarina (0,69%).

 

Veja Também