Venda de consórcios dispara mesmo em pandemia

Modalidade oferece aos consorciados condições para realizar o sonho de comprar, construir ou reformar um imóvel

Postado em: 14-08-2021 às 12h00
Por: Victor Gabler
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Modalidade oferece aos consorciados condições para realizar o sonho de comprar, construir ou reformar um imóvel | Foto: Reprodução

Com a queda das ações, aumento do dólar e a recessão de créditos no mercado, a modalidade de consórcio se torna a melhor opção para quem planeja um investimento financeiro, já que não cobra juros e sem valor de entrada, somente uma taxa administrativa onde pode chegar a ser 60% menor que o custo final de um financiamento tradicional.

É aí que entra o consórcio que consiste em um grupo de pessoas com o mesmo objetivo: se reúnem em grupos para adquirir um bem (seja Imóveis, Automóveis, Motos) ou um serviço (Construção, Reformas, Cirurgias Estética, Festas, etc.) de forma programada. Hoje é vista como uma boa alternativa de investimento, pois não existe risco de perdas financeiras, o patrimônio acumulado é corrigido monetariamente até o momento em que o participante receba o crédito contratado. Com a alta na procura dessa modalidade, o sistema de consórcios, por exemplo, comemora a marca de 8,02 milhões de participantes no País. Esse é um recorde alcançado em quase 60 anos de história do Sistema de Consórcios.

De acordo com os dados apurados pela Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC), a marca de 8,02 milhões de consorciados ativos foi alcançada devido ao aumento de 32,4% nas adesões acumuladas de janeiro a maio. No total, o sistema somou 1,35 milhão de novas adesões, contra 1,02 milhão obtido no mesmo período do ano passado. Os resultados dos negócios também bateram recorde ao atingirem R$ 83,19 bilhões (jan -mai/2021), 71,4% maiores que os R$ 48,54 bilhões (jan-mai/2020). Em todos os setores nos quais o sistema de consórcio está presente, foram registrados crescimentos nos volumes de participantes: veículos leves (581,89 mil adesões), motocicletas (446,43 mil), imóveis (192,63 mil), veículos pesados (62,32 mil), serviços (33,43 mil) em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (32,92 mil). A soma de 8,02 milhões de consorciados anotou alta de 13,0% sobre os 7,10 milhões observados em maio do ano passado. Já a média mensal de novas adesões ficou em 270 mil no período de janeiro a maio deste ano, bastante acima da registrada no ano passado, quando atingiu 204 mil vendas.

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Para Franz Friedrich, especialista em consórcios, esse aumento nos números deve-se à recessão econômica. “Você vê que os bancos começaram a ficar mais criteriosos na escolha de seus clientes para a questão dos empréstimos. A questão do Rating e do Score também foi predominante, porque a maioria da população hoje tem Score Baixo . Então com essa recessão de crédito no mercado, a opção de consórcio foi muito significativa, até porque, na maioria das administradoras, elas analisam apenas SPC SERASA”, explicou ele.  Os volumes anotados nos cinco meses dos últimos dez anos apontaram que o de 2021, com 1,35 milhão de novas cotas comercializadas, classificaram como o melhor da década, apesar da pandemia.

Vantagens

As principais diferenças entre a modalidade e o financiamento tradicional são o custo final e os prazos mais flexíveis de pagamento que podem chegar até 200 meses dependendo da modalidade de escolha.  Comprar um automóvel financiado pode custar em torno de 28% mais caro do que pelo sistema de consórcio. Isso significa, por exemplo, que, num prazo de cinco anos, o cliente pode economizar em torno de R$ 14 mil se comprar um carro com preço de R$ 31 mil pelo consórcio, em comparação com os custos que teria no financiamento tradicional.

“Por todos esses motivos, o consórcio é considerado uma ótima ferramenta de investimento ao longo prazo. O cliente assume o compromisso de pagar as parcelas, como se fosse uma poupança e, com isto, guarda essa quantia mensalmente, evitando outros gastos desnecessários. Percebem que investir na modalidade de consórcios é mais rentável e pode antecipar aquisição do bem ofertando um lance em assembleia”, concluiu Friedrich.

 Alerta

O aumento da procura pela modalidade, contudo, pode virar prejuízo. Isso porque golpistas se aproveitam da informalidade do mercado e da falta de informação para aplicar fraudes. Com isso Franz Friedrich afirma que o consumidor precisa tomar uma série de cuidados para não cair em golpes e ressalta as armadilhas mais comuns na hora de fazer uma aquisição no setor de consórcios. São elas: Promessa de contemplação, venda de cota contemplada, contemplação é diferente de quitação, Comparação errada entre financiamento e consórcio e o mais importante saber se a empresa é autorizada pelo Banco Central.

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