Inflação e desemprego afetam renda média do trabalhador brasileiro, que é a menor desde 2017
Seguindo a tendência do último trimestre, pesquisadores acreditam que o número deve continuar caindo nos próximos meses
Por: Giovana Andrade
Apesar da retomada de atividades econômicas no Brasil, proporcionada pelo avanço da vacinação no país, o cenário econômico ainda está comprometido, refletindo na renda média dos brasileiros, que atingiu o valor mais baixo desde 2017, conforme análise da consultoria IDados.
Baseada em fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi apontado que a renda média do brasileiro foi de R$ 2.433 no 2° trimestre deste ano.
Em comparação com o mesmo trimestre de 2020, quando ainda não existia pandemia, a queda foi de 7%. Naquele período, a renda média do trabalhador era de R$ 2.613, descontada a inflação do período.
Seguindo a mesma tendência, pesquisadores acreditam que o número deve reduzir ainda mais nos próximos meses, em razão do alto número de desempregados. De acordo com o IBGE, 14 milhões de brasileiros estão sem ocupação formal.
Com mais pessoas precisando recorrer a trabalhos informais para equilibrar as contas, a tendência da renda média é cair. Somado a isso, a disparada da inflação agrava ainda mais o cenário.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação, atingiu 1,14% em setembro. A taxa é a maior para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.