Chegada de novas empresas aquece mercado de trabalho em Goiás

A JBS inaugurou o primeiro centro de distribuição da Seara no estado, construção civil atrai mais empresas e comércio se prepara para contratação temporária para o Natal.

Postado em: 25-09-2021 às 11h30
Por: Nielton Soares
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A JBS inaugurou o primeiro centro de distribuição da Seara no estado, construção civil atrai mais empresas e comércio se prepara para contratação temporária para o Natal. | Foto: Reprodução

O Estado de Goiás segue atraindo empresas de todos os segmentos econômicos. Na semana passada, na área industrial de alimentos, se instalou no território goiano, mais precisamente em Aparecida de Goiânia, na região Metropolitana da Capital, a Seara, empresa do Grupo JBS. No setor da construção civil, a construtora e incorporadora RNI, do grupo Empresas Rodobens.

Com o novo centro de distribuição, a JBS prevê a geração de 70 novos empregos diretos. Esse investimento do grupo tem tudo a ver com o aumento da demanda dos produtos no Estado e na região, como do Distrito Federal, e já era previsto no plano de expansão da logística para 2021. E a RNI, com os empreendimentos Estação RNI (Goiânia) e RNI Vega Jardim (Aparecida de Goiânia), a abertura de 531 postos de trabalho até o final das obras.

O grupo Rodobens vem seguindo uma tendência de crescimento e em Goiás que tem feito as maiores apostas. Para se ter ideia, em todo o território goiano já foram mais de 2.300 unidades lançadas, num total de três empreendimentos. Na Capital, a empresa investiu no empreendimento Estação RNI, que somam 452 unidades em obras, com investimento de R$ 76 milhões. E em Aparecida, o RNI Vega Jardim, possui 496 unidades em construção (investimento de R$ 75,3 milhões).

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“A RNI possui uma história de carinho e sucesso com o estado. Transformando e desenvolvendo regiões onde a companhia atua, por meio das milhares de unidades contribuímos com o sonho da casa própria e aquecimento da economia local, gerando novos postos de trabalho, além de deixar como legado para os moradores das cidades, infraestrutura, saneamento e mobilidade”, explica o CEO da RNI, Carlos Bianconi.

Em Goiás o setor da construção, assim como em todo o período mais crítica da pandemia da Covid-19, segue a todo vapor. Uma pesquisa apresentada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), com suas associadas, mostra que o setor de construção civil continua otimista em 2021.

O levantamento aponta, por exemplo, que o Valor Geral de Vendas (VGV) vai crescer 47% (em volume financeiro) e 38% (em quantidade de empreendimentos) até o final deste ano. Prova disso, é o segmento Casa Verde e Amarela, que se manteve resiliente à crise e apresentando alta de 39,2% nas vendas e de 5,8% nos lançamentos.

Oportunidades

Com os canteiros de obras em Goiás sem parar, o setor tem aberto muitas oportunidades. Apenas em julho foram gerados 6.888 postos de trabalho, segundo dados do Novo Caged, divulgados no fim do mês de agosto pelo Ministério do Trabalho. No Brasil, o mercado da Construção Civil continua evidenciando importância para a economia regional e nacional, quando no geral foram criados 29.818 novos postos de trabalho com carteira assinada em julho de 2021. Porém, há entraves devido à falta de mão de obra qualificada.

Dentre os profissionais mais requisitados no setor estão os mais qualificados no quesito de técnica, como pedreiro, pintor, encarregado, serralheiro e carpinteiro. “Esses trabalhadores qualificados estão em falta hoje no mercado, o que impacta em uma inflação salarial e, consequentemente, amplia a dificuldade geral de contratação”, aponta o diretor de Marketing, Comunicação e Eventos da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Marcelo Moreira.

Temporários

Indiretamente, novos investimentos no Estado alavancam também o comércio e toda a economia. O que pode concretizar a previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o Brasil, com reflexão para Goiás. Para a entidade, o aumento da circulação de consumidores deve criar 94,2 mil postos de trabalho no varejo no período do Natal e fim do ano. Se concretizar, será o maior número em oito anos. Já a expectativa é de que as vendas aumentem em 3,8%, em relação ao ano passado.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que a mudança de cenário em 2021 renova a esperança dos varejistas. “Os estabelecimentos comerciais estão voltando a receber um fluxo maior de consumidores e, consequentemente, têm registrado avanços sucessivos nas vendas desde abril deste ano”, afirma Tadros.

Acerca das profissões, a Confederação estima que oito em cada dez vagas criadas devem ser preenchidas por vendedores (60,7 mil) e operadores de caixa (15,2 mil). Farmacêutico (R$ 3.373) e gerente administrativo (R$ 3.054) devem receber os maiores salários médios. Já a taxa de efetivação dos temporários, após o Natal, também deverá ser a maior dos últimos cinco anos (12,2%).

As notícias não são melhores porque há um outro inimigo, não apenas o Coronavírus, mas a crise hídrica. “As incertezas quanto à rapidez no combate aos fatores que têm dificultado uma evolução ainda mais favorável das condições de consumo e os desdobramentos decorrentes da crise hídrica tendem a impedir uma taxa de efetivação próxima àquelas observadas antes de 2016”, esclarece Bentes. (Especial para O Hoje)

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