Veja como o rebanho de bovinos tem crescido em Goiás

Estado ficou em segundo lugar no Brasil em produção, atrás apenas do Mato Grosso

Postado em: 02-10-2021 às 16h00
Por: Alice Orth
Imagem Ilustrando a Notícia: Veja como o rebanho de bovinos tem crescido em Goiás
Estado ficou em segundo lugar no Brasil em produção, atrás apenas do Mato Grosso | Foto: Reprodução

A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na última quarta-feira (29/09) mostrou um crescimento de 3,5% no efetivo de bovinos de Goiás, na comparação com o resultado de 2019. O rebanho bovino goiano atingiu 23,6 milhões de cabeças em 2020.

O estado fica atrás apenas do Mato Grosso na colocação nacional de maior produtor do país. Só no ano passado, o rebanho bovino nacional cresceu 1,5%, chegando a 218,2 milhões de cabeças. Este é o maior efetivo registrado desde 2016. O Centro-Oeste respondeu por 34,6% do total (75,4 milhões). A maior alta foi na região Norte: 5,5%, ou mais 2,7 milhões de cabeças, somando 52,4 milhões. Na liderança, o Mato Grosso tem 32,7 milhões de cabeças e alta de 2,3% ante 2019. Entre os municípios, São Félix do Xingú (PA), manteve o primeiro lugar com 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano.

Em Goiás, o destaque é a cidade de Nova Crixás, a 377 quilômetros da capital, que ficou na 11ª posição, com 825,0 mil cabeças em 2020 – uma alta de 8,9% em relação ao ano anterior. Mas não é só o gado que ajuda a movimentar a economia da região; o município ficou também em 7º lugar na criação de cavalos, contabilizando 10,5 mil cabeças.

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“O produtor goiano soube aproveitar o bom momento do mercado, e fez isso com apoio do Governo e parceiros, por meio de instrumentos como os financiamentos com recursos do FCO Rural”, lembrou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça. “Seguimos a determinação do governador Ronaldo Caiado de pulverizar ao máximo os recursos e fazendo o recurso chegar aos pequenos produtores de nosso estado. Essa estratégia está se mostrando bem-sucedida”, explicou.

Entre outros fatores, a pandemia de Covid-19 teve um peso decisivo no resultado.  “O desdobrar da pandemia e as suas medidas restritivas levaram à elevação do dólar em território nacional e esse fato pressionou o preço dos insumos pecuários, refletindo no preço da proteína animal”, diz o estudo do IBGE. “A China, em 2020, continuou com baixo estoque de carne suína, tendo, assim, a necessidade de suprir a sua demanda interna por meio da importação de proteína animal”.

Produção

Goiás ganhou visibilidade ainda na produção de suínos. A cidade de Rio Verde levou o segundo lugar em cabeças no país, com 660 mil unidades – equivalente a 1,6% da produção nacional. Em todo o estado, são 1,8 milhão, garantindo a sexta posição nacional entre os maiores produtores, com participação de 4,4% no rebanho do país.

Em galináceos, a pesquisa mostrou que são 93,4 milhões de animais, com ênfase novamente em Rio Verde, que apareceu na oitava colocação entre maiores produtores municipais, com 11,2 milhões. Itaberaí apareceu na frente em galos, galinhas, frangos e pintos, obtendo o quarto lugar com 13,1 milhões de cabeças.

No subgrupo de galinhas, o estado ficou em 7ª posição, e 9ª na criação de codornas. A produção de ovos se manteve estável em comparação a 2019, em 266,5 milhões de dúzias. As cidades com maior volume foram Leopoldo de Bulhões, que ficou em 7º lugar, e Inhumas, em 8º.

No caso do leite, Goiás permaneceu na quarta colocação no ranking. A produção aumentou 0,8% de 2019 para 2020, com cerca de R$ 3,2 bilhões de litros. Orizona (113,0 milhões de litros), Piracanjuba (95,1 milhões) e Jataí (88,7 milhões) marcaram presença no ranking nacional de municípios, na 9ª, na 13ª e na 15ª posições, respectivamente. O total nacional alcançou 35,4 bilhões de litros de leite produzidos em 2020, 1,5% a mais que no ano anterior. Em 2020, Goiás ocupou a segunda posição nacional em quantitativo de vacas ordenhadas: 1,9 milhão, aproximadamente. O número é ligeiramente inferior (-0,4%) ao de 2019.

Niquelândia teve um aumento de 10% na produção de tilápia, apesar da queda estadual. Foram 2,2 mil toneladas. O segundo maior produtor do estado foi Gouvelândia, que produziu cerca de 1,3 mil toneladas em 2020. No total, o Estado produziu 9,2 mil toneladas do peixe durante o último ano. Além da tilápia, as cinco espécies mais produzidas em Goiás foram tambaqui (1,9 mil tonelada), tambacu ou tambatinga (1,6 mil tonelada), pacu ou patinga (1,1 mil tonelada) e piau (também chamado de piapara, piauçu e piava) (461,6 toneladas).

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