Pesquisa constata queda na confiança da indústria, diz FGV

O estudo mostra ainda diminuição na confiança tanto em relação ao presente quanto no curto prazo

Postado em: 28-06-2017 às 10h00
Por: Thais Tomás
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O estudo mostra ainda diminuição na confiança tanto em relação ao presente quanto no curto prazo

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de
2,8 pontos em junho, atingindo 89,5 pontos, o menor nível desde fevereiro (87,8
pontos), depois de ter sido registrada a maior marca desde 2014, em maio último
(92,3%). Treze de um total de 19 segmentos industriais reduziram a confiança.

O indicador tem relação com a pesquisa Sondagem da Indústria
de Transformação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
(FGV/Ibre) com a participação de 1.147 empresas em consultas, no período de 1 a
23 deste mês. As informações foram divulgadas hoje, em São Paulo, pela FGV.

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A coordenadora da pesquisa, Tabi Thuler Santos, afirmou, em
nota, que esse recuo se deve ao “aumento da incerteza após a deflagração da
nova crise política, em maio”. Ela observou ainda que as consultas indicaram “a
interrupção do processo de ajuste dos estoques industriais e a favorável
contribuição do mercado externo para o desempenho do setor nos últimos meses”.

Índice de Expectativas

O estudo mostra ainda diminuição na confiança tanto em
relação ao presente quanto no curto prazo. O Índice de Expectativas (IE) teve
baixa de 3,6 pontos, atingindo 92,1 pontos e o Índice da Situação Atual (ISA)
apresentou redução de 2 pontos ao alcançar 87 pontos.

A proporção de empresas que planeja ampliar o quadro de
empregados caiu de 13,9% para 9,3% e o universo de empresas que pretendem
cortar vagas aumentou de 16,1% para 20,9%. O ceticismo empresarial também pode
ser notado pela avaliação sobre o nível de estoques. Na sondagem, 12,7%
indicaram que o volume está excessivo ante 12,2% que tinham essa mesma visão,
em maio último.

Também ocorreu baixa de 05, ponto percentual no Nível de
Utilização da Capacidade Instalada, que passou para 74,2%, o menor desde
dezembro do ano passado. 

Agência Brasil 

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