Produção industrial aumenta no mês de maio

Com o resultado, a indústria passou a acumular nos dois últimos meses expansão de 1,9%, eliminando a queda de 1,6% observado em março

Postado em: 05-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Com o resultado, a indústria passou a acumular nos dois últimos meses expansão de 1,9%, eliminando a queda de 1,6% observado em março

A Produção industrial brasileira fechou o mês de maio com
crescimento de 0,8% frente a abril, na série livre de influências sazonais.
Esta é a segunda taxa positiva consecutiva registrada pela indústria
brasileira, que em abril subiu 1,1%. Reflexo em Goiás foi crescimento do PIB no
estado e aumento na geração de empregos.

Os dados foram divulgados ontem (4), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dizem respeito à Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física – Brasil (PIM-PF). Com o resultado de maio, a
indústria passou a acumular nos dois últimos meses expansão de 1,9%, eliminando
a queda de 1,6% observado em março.

Quando os dados de maio são confrontados com o mesmo mês do
ano passado (série sem ajuste sazonal), no entanto, a indústria brasileira
registrou em maio último avanço de 4%, o maior crescimento acumulado para o
total da indústria deste os 4,8% registrados em fevereiro de 2014.

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A taxa acumulada dos primeiros cinco meses do ano ficou em
0,5%. No resultado acumulado dos últimos 12 meses (a taxa anualizada) o
comportamento da indústria continua negativo: queda de 2,4% , prosseguindo com
a redução no ritmo de queda iniciada com os -9,7% de junho de 2016.

Crescimento é generalizado

O crescimento de 0,8% da atividade industrial na passagem de
abril para maio de 2017 teve predomínio de resultados positivos, alcançando,
segundo o IBGE, todas as quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 24 ramos
pesquisados.

Para o gerente de pesquisa do IBGE, André Macedo, no
entanto, “há nitidamente uma melhora de ritmo da indústria com duas altas
seguidas, o que repõem a perda de março”. Ele lembra que houve um perfil
disseminado de aumento da produção, mas admiti que “ainda estamos longe de
recuperar o que se perdeu.”

Segundo ele, “esse aumento da produção industrial precisa
ser relativizado: é claro que houve uma melhora de ritmo, mas ainda há um
espaço importante a ser percorrido para a indústria recuperar as perdas do
passado.”

Quando analisado pelo lado das grandes categorias
econômicas, os destaques de abril para maio (série livre de influências
sazonais) ficaram com bens de consumo duráveis que chegou a registrar em maio
expansão de significativos 6,7%; seguido de bens de capital (3,5%), ambas as
categorias intensificando o crescimento que já havia sido verificada em abril
último: 2,9% e 1,9%, respectivamente.

Mesmo com resultados menos expressivos, os segmentos de bens
de consumo semi e não-duráveis também fecharam com crescimento de abril para
maio. No caso de bens de consumo semi e não-duráveis a expansão de 0,7% – o que
interrompe uma série de três meses consecutivos de queda, período em que
acumulou retração de 3,3%; em bens intermediários, a alta de 0,3% constitui-se
no segundo resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período crescimento
de 2,3%.

Maio 2017/maio 2016

O crescimento de 4% em maio deste ano comparativamente a
maio do ano passado (série sem ajuste sazonal) por sua vez reflete resultados
positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 51
dos 79 grupos e 59% dos 805 produtos pesquisados.

Ao comentar os números da indústria em maio, o gerente da
pesquisa, André Macedo, ressaltou, que apesar dos últimos resultados positivos,
a Indústria ainda se encontra em um patamar 18,5% abaixo do recorde de
produção, registrado em junho de 2013. 

Agência Brasil

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