Mercado de trabalho para jovens reaquece e surgem novas oportunidades

Dado consta no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de maio. A diferença entre admissões e desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas

Postado em: 04-07-2017 às 14h30
Por: Lucas de Godoi
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Dado consta no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de maio. A diferença entre admissões e desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas

O cenário do emprego formal no Brasil desde o início deste
ano tem apresentado desempenhos positivos. Segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do 1,24 milhão de contratações em maio,
611,42 mil foram de trabalhadores com até 29 anos.  Como resultado, a diferença entre admissões e
desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas somente para
essa faixa etária. Trabalhadores dentro desta faixa etária têm sido os grandes
beneficiários do cenário positivo do emprego no país no período recente.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, lembra que esses
dados indicam o surgimento de novas oportunidades de trabalho para a juventude.
“As estatísticas sempre mostraram que os jovens não tinham boas perspectivas no
mercado de trabalho. Os jovens que conseguem entrar no mercado de trabalho
formal não precisam recorrer à informalidade e ao subemprego, que prejudicam
todo o desenvolvimento da sua vida profissional”, avalia o ministro.

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Essa não foi a primeira vez que trabalhadores jovens tiveram
um desempenho positivo no Caged. De janeiro a maio, o grupo de trabalhadores de
até 24 anos teve saldo positivo no emprego de 320,55 mil vagas formais de
trabalho. O saldo geral entre admitidos e demitidos nesses cinco meses foi de
25,23 mil vagas, ou seja, 12 vezes menor. Nos últimos 12 meses, quando o saldo
geral foi negativo em 887,62 mil vagas, esses mesmos trabalhadores de até 24
anos apresentaram saldo positivo de 545, 91 mil vagas.

Embora as faixas etárias mais elevadas ainda não tenham
apresentado saldos positivos de emprego, a forte presença dos jovens na geração
de empregos formais deve ser comemorada, considerando as dificuldades que esse
grupo enfrenta no mercado de trabalho. Segundo dados da  PNAD Contínua/IBGE,  no 1º. Trimestre de 2017 a taxa de
desocupação dos trabalhadores entre 18-24 anos é de 28,8%, o dobro da média
nacional (13,7%). Os jovens entre 14-24 anos representam 14,2% do total de
ocupados e 40,7% dos desocupados, indicando forte concentração da desocupação
na juventude. Nesse cenário, a recente geração de postos formais de trabalho é
uma notícia particularmente positiva para os jovens.

Setores

Dos oito setores de atividade econômica, seis deles
concentram os maiores saldos positivos de emprego para jovens dos 18 aos 24
anos. Só o setor de Serviços, em maio, abriu 21,8 mil vagas formais para esses
trabalhadores. Na Indústria da Transformação foram 12,6 mil e no Comércio, 11,8
mil postos. Também tiveram desempenho positivo para esta faixa etária a
Construção Civil, com saldo de mil postos, os Serviços de Utilidade Pública,
com cerca de 400, e a Extrativa Mineral, com 165 vagas a mais.

Recorte Regional

O estado que mais empregou jovens foi São Paulo. Em maio,
foram criadas 26.861 vagas formais para trabalhadores com até 29 anos. A
maioria, 20.123, tinha entre 18 e 24 anos. Em segundo lugar ficou Minas Gerais,
com um saldo positivo de 14.581, sendo 10.140 para a faixa de 18 a 24. E o
terceiro é o Paraná, com saldo de 6.150.

Com informações do
Ministério do Trabalho 

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