Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Mercado imobiliário em Goiânia e Aparecida cresce em vendas

Os setores Marista, Oeste e Bueno lideram a lista dos metros quadrados mais valorizados da cidade

Postado em: 18-12-2021 às 16h00
Por: Almeida Mariano
Imagem Ilustrando a Notícia: Mercado imobiliário em Goiânia e Aparecida cresce em vendas
Os setores Marista, Oeste e Bueno lideram a lista dos metros quadrados mais valorizados da cidade | Foto: Reprodução

O mercado imobiliário de Goiânia e Aparecida de Goiânia passou por uma extraordinária crescente nas vendas neste ano de 2021. A grande procura pela aquisição de imóveis esse ano resultou em um dos melhores anos da história do mercado imobiliário brasileiro. Apesar dos danos financeiros que a pandemia e pós-pandemia causaram em diversos ramos de negócios, o setor imobiliário deve encerrar o ano com resultados positivos e com boas expectativas para 2022.  

De janeiro a setembro deste ano, o setor imobiliário de Goiânia e Aparecida teve um volume equivalente a todo o ano de 2020 em relação ao número de unidades. No total, até setembro de 2021, foram lançadas 7.760 unidades, quase a mesma quantidade que durante todo o ano passado, quando 7.879 unidades foram disponibilizadas ao mercado. 

Em um levantamento feito pela Brain Inteligência Estratégica, nos três primeiros semestres, o Volume Geral de Venda (VGV), contabilizou aproximadamente R$ 4,4 milhões em lançamentos, quase o dobro de 2020, que registrou R$ 2,8 milhões. 

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“Isso porque consideramos que 2020 já havia sido um bom ano para as empresas”, destaca o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Fernando Coe Razuk. 

Somente nos nove primeiros meses, o setor contabilizou R$ 3,47 bilhões em vendas e 7.775 unidades vendidas, enquanto no ano de 2020 foi de R$ 3,3 bilhões, com 5.168 unidades que foram comercializadas.  Com expectativas positivas, o mercado imobiliário local espera encerrar 2021 com volume de vendas acima de R$ 4 bilhões, o que, se acontecer, representará um crescimento acima de 20% relacionado ao ano passado. 

Será o quinto ano consecutivo de crescimento de vendas de propriedades em Goiânia. Em 2016, foram 1.669 unidades; 2017, 3.459 unidades; 2018, 6.473 unidades; 2019, 6.807 unidades; 2020, com 8.460 unidades; e 2021, que deve ficar acima de 10.000 unidades. 

Se tratando da valorização média dos imóveis em Goiânia, o metro quadrado dos apartamentos custava aproximadamente R$ 5.636,00 anteriormente. Agora, o preço médio ficou em R$ 7.888 o metro quadrado na Capital. Os setores Marista, Oeste e Bueno lideram a lista dos metros quadrados mais valorizados da cidade, com os preços de R$ 7.681, R$ 6.991 e R$ 6.854, respectivamente.

Desafios enfrentados 

Além do aumento do preço dos materiais de construção em decorrência da pandemia, outro desafio que o mercado enfrentou foram as paralisações das obras em função de decretos do governo como medida preventiva contra a Covid-19. 

Expectativas para 2022

No próximo ano, o setor imobiliário goiano estima que os números alcançados sejam próximos aos atingidos esse ano, que são vistos como excelentes. “Como todo ano eleitoral, entendemos que os incorporadores mais responsáveis devam reduzir o volume de lançamentos em relação a 2021, em função da dificuldade de planejar o cenário para os anos seguintes. Porém, é possível que o mercado continue comprador, pois o investidor mais consciente busca a segurança do investimento em imóveis nestes momentos de incerteza. O imóvel é um investimento seguro para estes momentos”, afirma Fernando. 

De acordo com o presidente da Ademi-GO, diferente de 2021, quando o governo reduziu as taxas de juros significativamente como instrumento de política monetária para incentivo ao consumo e à recuperação econômica, o cenário do próximo ano deve retornar ao ritmo normal. Porém, mesmo diante do aumento na taxa de juros, os juros dos financiamentos imobiliários ainda continuam muito atraentes e devem manter o mercado aquecido. 

“É preciso entender que 2021 foi um ano atípico e taxas de juros em patamares tão baixos seriam insustentáveis. Apesar do aumento na taxa de juros do financiamento imobiliário, de 8 a 9% ao ano, ainda é muito atraente no Brasil. Quem tem necessidade de comprar um novo imóvel, não deixará de comprá-lo em função da taxa de juros do financiamento imobiliário. Para quem entende minimamente de finanças, sabe que o financiamento imobiliário é uma dívida que vale a pena tomar”, conclui Fernando. 

Em 2022 o mercado imobiliário goiano acredita que o custo de construção deve continuar aumentando, e consequentemente o preço dos imóveis. Baseando-se em dados da Ademi-GO, a expectativa é de um aumento entre 10% e 20% no valor dos imóveis.

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