Países pobres perderão 10% do PIB per capita com a mudança climática, diz FMI

Estudos se baseiam em cenários conservadores de aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes países, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde

Postado em: 27-09-2017 às 13h00
Por: Márcio Souza
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Estudos se baseiam em cenários conservadores de aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes países, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde

O Fundo Monetário Internacional
(FMI) disse nesta quarta-feira (27) que os países pobres serão incapazes de
fazer frente sozinhos aos efeitos econômicos do aquecimento global sem um
esforço global das economias desenvolvidas, e calcula uma perda estimada de 10%
de seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita até 2100. A informação é da
agência EFE.

“Se não houver esforços
globais para frear as emissões de carbono, o previsto aumento na temperatura
suprimirá cerca de uma décima parte do PIB per capita dos países de baixos
investimentos para finais do século XXI”, apontou o FMI em um dos
capítulos analíticos de seu relatório Perspectivas Econômicas Globais.

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Estas projeções se baseiam em
cenários conservadores de aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes
países, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos
investimentos e danos à saúde.

O documento enfatiza que
“dado que as economias avançadas e emergentes são as que contribuíram em
grande medida ao aquecimento global e devem continuar nesse caminho, ajudar os
países de baixos investimentos a encarar suas consequências é um imperativo
humanitário e uma sensata política econômica global”.

Para o organismo dirigido por
Christine Lagarde, um dos principais problemas é que “as políticas
domésticas destes países não são suficientes” para protegê-los das mudanças
climáticas, devido aos seus poucos recursos econômicos, ao citar exemplos de
alguns dos países mais expostos, como o Haiti, o Gabão e Bangladesh.

“À medida que as altas
temperaturas ultrapassam os limites biofísicos dos ecossistemas destes países,
poderia haver epidemias mais frequentes, fome e outros desastres naturais, ao
mesmo tempo que é alimentada a pressão migratória e o risco de conflitos”,
indicou.

Cerca de 60% da população mundial
vive em países onde o aquecimento global provavelmente produzirá estes
“efeitos perniciosos”, atestou o Fundo Monetário Internacional.

O FMI apresentará o seu relatório
completo, com as novas projeções de crescimento global, no marco de sua
Assembleia Anual que será realizada em Washington, entre 10 e 15 de outubro, e
à qual estão presentes os ministros de Economia de 189 países-membros. 


Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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