Pecuária bovina e piscicultura crescem em 2016, mostra IBGE

O efetivo de bovinos brasileiros chegou a 218,2 milhões de cabeças no ano passado, o maior patamar já registrado

Postado em: 29-09-2017 às 06h00
Por: Guilherme Araújo
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O efetivo de bovinos brasileiros chegou a 218,2 milhões de cabeças no ano passado, o maior patamar já registrado

A produção brasileira de carne bovina manteve a trajetória
de crescimento em 2016, enquanto a piscicultura teve a maior expansão entre as
criações da pecuária, informou ontem (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O efetivo de bovinos brasileiros chegou a 218,2 milhões de
cabeças no ano passado, o maior patamar já registrado pela Pesquisa da Pecuária
Municipal.

Com crescimento de 3,3%, acima da média nacional, a
principal região criadora de bovinos continua sendo o Centro-Oeste, com 34,4%
do rebanho. O Norte manteve a segunda colocação, com aumento de 1,7%. Segundo a
pesquisadora do IBGE Mariana Oliveira, o baixo custo da terra e a boa
disponibilidade hídrica têm permitido o crescimento na região.

São Félix do Xingu, no Pará, é o município brasileiro com o
maior efetivo de bovinos, e Marabá, no mesmo estado, está na quinta colocação.

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A pesquisa mostra que 2016 teve uma retração na produção de
leite de 2,9% e um aumento de 15,2% no preço, que atingiu média nacional de R$
1,17 por litro. De acordo com Mariana, o aumento de preço pode incentivar um
novo crescimento da produção de leite, com mais produtores investindo no
efetivo de fêmeas que são ordenhadas, que caiu 6,8% em 2016.

A piscicultura brasileira cresceu 4,4% em relação a 2016,
atingindo 507,1 mil toneladas. O aumento, na avaliação do IBGE, se deve tanto ao
incremento da produção quanto à maior regularização do que é produzido. Quase
metade da piscicultura brasileira (47,1%) corresponde à criação de tilápia, e
27% das criações de tambaqui.

Rondônia é o principal estado produtor, com 19,1% do total
nacional, e o município com a maior produção é Rio preto da Eva, no Amazonas,
com 13,38 mil toneladas.

As produções de suínos e galináceos também tiveram alta em
2016. O rebanho de suínos teve expansão de 0,4%, enquanto  os galináceos registraram aumento de 1,9%, influenciado
pela perda de poder aquisitivo dos consumidores. Segundo o IBGE, a proteína do
frango é considerada mais acessível do que a do bovino e suíno.

Em 2016, o Brasil atingiu o maior número de galináceos –
1,35 bilhão, e Brasília concentrava o maior efetivo. As cidades de Bastos, em
São Paulo, e Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo, ficam com a segunda e a
terceira colocação. (Agência Brasil) 

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