Guerra: cenário pode elevar os custos da produção agrícola brasileira
O setor do agronegócio goiano, por sinal, importou quase 2 milhões de toneladas do produto, o que equivale a U$ 305 milhões
Por: Redação
A escalada do conflito preocupa autoridades brasileiras e especialistas que apontam que a interrupção das exportações pelo governo russo pode prejudicar a safra deste ano.
O País importa cerca de 80% dos fertilizantes para a produção agrícola e, em casos dos produtos à base de potássio a dependência pode ultrapassar os 95%. Além da Rússia, China, Marrocos e Belarus são os principais produtores de fertilizantes do mundo.
O coordenador institucional do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), Leonardo Machado, explica que há outras alternativas de parcerias para o fornecimento de fertilizantes para a produção agrícola. “Tivemos aumentos em relação a soja e ao milho”, explica. Ele acrescenta ainda que no dia do início do conflito, devido a volatilidade, o mercado fechou em referência. “Temos que lembrar que a Rússia é o segundo maior exportador de trigo do mundo e a Ucrânia é o quarto do mundo”, diz.
As importações russas para Goiás são fundamentais para a economia goiana, tendo em vista que o País ocupa a 5ª colocação da origem de compra dos produtos. O atraso ou até mesmo a suspensão das entregas, que costumam acontecer ao longo do primeiro semestre do ano, pode prejudicar o início do plantio e prejudicar a safra deste ano.
A escassez do produto afeta particularmente o Brasil, que é um dos grandes produtores de soja no mundo pela sua dependência do fertilizante de potássio, ao contrário dos principais concorrentes como Argentina e Estados Unidos, e o mercado já levanta dúvidas sobre a expansão da área plantada.
O trigo, por sinal, que é uma das commodities mais sensíveis ao conflito devido a alta importação dos dois países, respondeu com uma elevação de 5,7%. A Rússia produz 76 milhões de toneladas de trigo e exporta 33 milhões. Juntos, os dois países são responsáveis por 29% do comércio mundial do cereal.
Conselho se reuniu para discutir os impactos
A primeira reunião do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Fieg debateu os efeitos que o conflito pode trazer para a economia goiana. O coordenador técnico da Fieg, Marcelo Ladvocat, acompanhou as discussões e pontuou que, considerando o conflito no Leste Europeu, o cenário internacional é totalmente incerto quanto ao tráfego de mercadorias. “Definitivamente, estamos num momento de parada total! A questão é bastante incerta, mas não creio que seja de longo prazo e com envolvimento de outras nações no conflito, aprofundando a crise entre Rússia e Ucrânia. De qualquer forma, o tráfego aéreo já é impactado fortemente, o que desdobra no câmbio”, analisou o economista.
O conflito iniciado pela Rússia no leste europeu, com objetivo de anexar o território ucraniano, já afetou o preço das commodities e provocou uma corrida pela estocagem de alimentos nas regiões próximas ao combate. O cenário pode elevar os custos da produção agrícola brasileira, tendo em vista que o país comandado pelo Kremlin Vladimir Putin, é o principal exportador de fertilizantes para Goiás. O setor do agronegócio goiano, por sinal, importou quase 2 milhões de toneladas do produto, o que equivale a U$ 305 milhões.
A escalada do conflito preocupa autoridades brasileiras e especialistas que apontam que a interrupção das exportações pelo governo russo pode prejudicar a safra deste ano.
O País importa cerca de 80% dos fertilizantes para a produção agrícola e, em casos dos produtos à base de potássio a dependência pode ultrapassar os 95%. Além da Rússia, China, Marrocos e Belarus são os principais produtores de fertilizantes do mundo.
O coordenador institucional do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), Leonardo Machado, explica que há outras alternativas de parcerias para o fornecimento de fertilizantes para a produção agrícola. “Tivemos aumentos em relação a soja e ao milho”, explica. Ele acrescenta ainda que no dia do início do conflito, devido a volatilidade, o mercado fechou em referência. “Temos que lembrar que a Rússia é o segundo maior exportador de trigo do mundo e a Ucrânia é o quarto do mundo”, diz.
As importações russas para Goiás são fundamentais para a economia goiana, tendo em vista que o País ocupa a 5ª colocação da origem de compra dos produtos. O atraso ou até mesmo a suspensão das entregas, que costumam acontecer ao longo do primeiro semestre do ano, pode prejudicar o início do plantio e prejudicar a safra deste ano.
A escassez do produto afeta particularmente o Brasil, que é um dos grandes produtores de soja no mundo pela sua dependência do fertilizante de potássio, ao contrário dos principais concorrentes como Argentina e Estados Unidos, e o mercado já levanta dúvidas sobre a expansão da área plantada.
O trigo, por sinal, que é uma das commodities mais sensíveis ao conflito devido a alta importação dos dois países, respondeu com uma elevação de 5,7%. A Rússia produz 76 milhões de toneladas de trigo e exporta 33 milhões. Juntos, os dois países são responsáveis por 29% do comércio mundial do cereal.
Conselho se reuniu para discutir os impactos
A primeira reunião do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Fieg debateu os efeitos que o conflito pode trazer para a economia goiana. O coordenador técnico da Fieg, Marcelo Ladvocat, acompanhou as discussões e pontuou que, considerando o conflito no Leste Europeu, o cenário internacional é totalmente incerto quanto ao tráfego de mercadorias. “Definitivamente, estamos num momento de parada total! A questão é bastante incerta, mas não creio que seja de longo prazo e com envolvimento de outras nações no conflito, aprofundando a crise entre Rússia e Ucrânia. De qualquer forma, o tráfego aéreo já é impactado fortemente, o que desdobra no câmbio”, analisou o economista.