Quinta-feira, 28 de março de 2024

Inflação alta e guerra devem gerar novo aumento na taxa Selic; até o fim do ano, índice deve chegar a 12,7%

O aumento vem em decorrência da alta inflação no país e o encarecimento de commodities exportados pela Rússia.

Postado em: 16-03-2022 às 09h17
Por: Ícaro Gonçalves
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O aumento vem em decorrência da alta inflação no país e o encarecimento de commodities exportados pela Rússia | Foto: Reprodução

A taxa básica de juros do país, a Selic, poderá ter novo aumento nesta quarta-feira (16/3). A expectativa é que os técnicos do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, devam elevar o percentual de 10,75% para 11,75% no fim desta tarde.

O aumento vem em decorrência da alta inflação no país. No entendimento dos integrantes do Copom, os aumentos da Selic deveriam retirar recursos do mercado e, assim, contem a inflação, o que não vem acontecendo.

Além da inflação, causada nos últimos anos pelos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, a invasão russa na Ucrânia também pressiona o encarecimento de produtos no mercado interno brasileiro. A guerra impacta a oferta dos principais commodities exportados pela Rússia, como petróleo, trigo, fertilizantes e minerais. Todas devem ficar mais caras no país enquanto o conflito não for resolvido.

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Essa é a segunda reunião do Copom em 2022. Na primeira, no início de fevereiro, a taxa subiu 1,5 ponto percentual, saltando para o maior índice em cinco anos. Foi a oitava vez consecutiva que a Selic subiu desde o início de 2021, quando estava em 2%.

O boletim Focus de segunda-feira (14), no qual especialistas opinam sobre o futuro dos índices econômicos nacionais, apostou que a Selic estará em 12,75% no fim deste ano.

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