Pesquisa da Unicef aponta crescimento no número de crianças e adolescentes em nível de pobreza no Brasil

O apontamento é da pesquisa Pobreza Pública Monetária no Brasil - impacto da pandemia na renda das família, divulgada nesta quinta-feira (24/3) pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef)

Postado em: 24-03-2022 às 13h38
Por: Cecília Sampaio
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O apontamento é da pesquisa Pobreza Pública Monetária no Brasil - impacto da pandemia na renda das família, divulgada nesta quinta-feira (24/3) pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) | Foto: Reprodução

A pandemia fez o número de crianças e adolescentes no Brasil que vivem em situação pobreza aumentar, e a situação pode se agravar nos próximos meses. O apontamento é da pesquisa Pobreza Pública Monetária no Brasil – impacto da pandemia na renda das família, divulgada nesta quinta-feira (24/3) pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef).

O estudo divulgou que “a recuperação da economia ainda não fez com que os níveis de emprego e da renda do trabalho voltassem aos anteriores”. Sendo os mais afetados as crianças e adolescentes, sendo que em 2020 o número em extrema pobreza fosse próximo ao dobro dos adultos.

Esses dados devem-se ao custo de vida das crianças ser maior, elas tem uma série de necessidades que as tornam mais vulneráveis. Outro fator que é que ainda conseguem ser mais afetadas quando são pretas, pardas e indígenas e ainda as que moram no Nordeste e no norte.

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Outro dado analisado foi a influência do Auxílio Emergencial, fazendo que os números diminuíssem durante a pandemia, mas quando foi superado também se tornou responsável pelo aumento no nível de pobreza.

Relatório da infância e adolescência no Brasil 

O Relatório da  infância e adolescência no Brasil feito pela Fundação Anbriq tem o objetivo de traçar o panorama geral na infância e adolescência no Brasil. Nele mostra que quase 22% da população de 0 a 14 anos vivem com ¼ de salário mínimo e 45,4%. 

A região Nordeste e Norte representam 74,5% da população de até 14 anos que vive com ¼ de um salário mínimo.O Centro-Oeste, Sudeste e Sul tem porcentagem quase insignificante comparado.

Em Goiás

Um levantamento feito em 2021 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) disse que a cada 100 goianos, 24 vivem com até R$ 450 por mês, sendo que o limite para se estar na faixa de pobreza no Brasil é R$ 492. O número aumentou 5,4% do primeiro trimestre de 2019.

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