Inadimplência dos microempreendedores cresceu 0,5% em fevereiro; veja os setores mais afetados

O Nordeste teve o pior desempenho, com alta de 2,0% nos negócios inadimplentes. Em sequência está o Centro-Oeste (1,3%) e o Sudeste (1,1%)

Postado em: 25-03-2022 às 11h14
Por: Alexandre Paes
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O Nordeste teve o pior desempenho, com alta de 2,0% nos negócios inadimplentes. Em sequência está o Centro-Oeste (1,3%) e o Sudeste (1,1%). | Foto: Reprodução

Somente no mês de fevereiro deste ano, a inadimplência atingiu 5,44 milhões de micro e pequenos negócios, um aumento de 0,5% em comparação ao mesmo período de 2021. De acordo com o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, essa foi a segunda alta consecutiva em 2022, com o setor de Serviços representando 51,1% do total de companhias com o nome no vermelho e sendo o único a registrar aumento no ano a ano, de 2,4%.

Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, comenta que os micro e pequenos empreendedores, principalmente do setor de serviços, são os que tem mais dificuldade para colocar as contas em dia. “Os menores níveis de consumo fazem com que os donos de negócios atuem com fluxos de caixa reduzidos em um cenário de estagnação econômica, tornando a quitação de dívidas ainda mais complexa” afirmou.

Ele pontua que os fatores econômicos do pais, bem como a inflação e os impostos, acabam se tornando um prejuízo para esse ramo. “Com a inflação em alta e o crescimento da taxa de juros, o poder de compra dos consumidores acaba sendo impactado negativamente, que está diretamente ligado à retomada das empresas, que infelizmente acabam tendo menor rotatividade e giro do capital” concluiu Rabi.

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A análise por região, ainda no comparativo anual de fevereiro, revelou que o Nordeste teve o pior desempenho, com alta de 2,0% nos negócios inadimplentes. Em sequência está o Centro-Oeste (1,3%) e o Sudeste (1,1%). Apenas Norte e Sul tiveram melhora, com queda de 2,6% e 2,4%, respectivamente.

Os dados da Serasa apontaram que assim como em janeiro deste ano, a inadimplência geral, que considera empresas de micro, pequeno, médio e grande porte, alcançou em fevereiro 6,0 milhões de negócios brasileiros. Nessa avaliação, 52,2% das negativadas pertencem ao segmento de Serviços, 38,5% ao de Comércio, 8,0% à Indústria e apenas 0,9% ao setor primário.

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