Gastos de brasileiros no exterior aumentam 32,6% em setembro

As despesas mensais foram as maiores para o período desde setembro de 2014, quando ficou em US$ 2,377 bilhões

Postado em: 26-10-2017 às 11h10
Por: Márcio Souza
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As despesas mensais foram as maiores para o período desde setembro de 2014, quando ficou em US$ 2,377 bilhões

Os gastos de brasileiros no
exterior chegaram a US$ 1,716 bilhão, em setembro, e acumularam US$ 14,145
bilhões nos nove meses do ano, informou hoje (26) o Banco Central (BC). Os  resultados superaram em 32,6% e em 15,9%,
respectivamente, os gastos registrados em iguais períodos de 2016. As despesas
mensais foram as maiores para o período desde setembro de 2014, quando ficou em
US$ 2,377 bilhões.

Já as despesas de estrangeiros em
viagem no Brasil ficaram em US$ 407 milhões, em setembro, e em US$ 4,360
bilhões de janeiro ao mês passado. Com os gastos de brasileiros no exterior
maiores que os de estrangeiros no país, a conta de viagens internacionais ficou
negativa em US$ 1,309 bilhão, no mês passado, e em US$ 9,785 bilhões, no
acumulado do ano.

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Os dados das viagens
internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais,
transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações
correntes. Em setembro, o país registrou superávit em transações correntes, que
são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda
do país com o mundo.

O resultado positivo ficou em US$
434 milhões. No mesmo mês de 2016, houve déficit de US$ 504 milhões. No
acumulado deste ano, as transações correntes registraram saldo negativo de US$
2,706 bilhões, contra US$ 13,590 bilhões em igual período de 2016.

A conta de serviços costuma
registrar saldo negativo. Em setembro, o déficit ficou em US$ 2,879 bilhões e
nos nove meses, em US$ 24,335 bilhões. Por outro lado, o superávit comerciale
chegou a US$ 4,918 bilhões, no mês passado, e a US$ 51,224 bilhões, de janeiro
a setembro.

O balanço das transações é
formado também pela conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de
juros e salários) que apresentou saldo negativo de US$ 1,995 bilhão, em
setembro, e de US$ 31,318 bilhões, no acumulado do ano.

A conta de renda secundária
(renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas
de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 390
milhões, em setembro, e em US$ 1,723 bilhão, no acumulado do ano.

Quando o país registra saldo
negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos
ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é
o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor
produtivo do país. Em setembro, esses investimentos chegaram a US$ 6,339
bilhões e acumularam US$ 51,758 bilhões, nos nove meses do ano. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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