Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

Meirelles diz que com ajuste déficit primário será revertido a partir de 2021

O ministro da Fazenda ainda destacou que, para se atingir esse resultado, é necessário que as reformas continuem avançando

Postado em: 31-10-2017 às 14h10
Por: Márcio Souza
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O ministro da Fazenda ainda destacou que, para se atingir esse resultado, é necessário que as reformas continuem avançando

O ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, disse hoje que, mantidas as previsões de ajuste fiscal projetadas
pelo governo, a partir de 2021 o déficit primário será revertido, apresentando
números positivos crescentes que deverão chegar a um superávit de 2,4% em 2026.
A afirmação foi feita durante audiência pública na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado.

Meirelles destacou que, para se
atingir esse resultado, é necessário que as reformas continuem avançando. “A
aprovação das reformas possibilitará, inclusive, a redução dos juros reais de
forma sólida para o Brasil”, acrescentou. Segundo ele, o ajuste “tem de vir de
mudanças na despesa obrigatória, em especial, da Previdência”.

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Perguntado sobre como recebia o
resultado de uma recente consulta feita pelo Senado a especialistas, segundo a
qual a Previdência não seria deficitária, Meirelles disse que “essa questão não
deve ser objeto de opinião”, e que os cálculos não levam em conta gastos com
saúde e assistência social.

Argumentação

“O que é importante são as
avaliações independentes. Temos avaliações de órgãos internacionais como a OCDE
[Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico], que concluem pela
existência de déficit importante da Previdência no Brasil. Nós, inclusive, já
respondemos isso com uma base de dados enviada a parlamentares”, acrescentou o
ministro.

Em resposta a indagações sobre a
previsão de redução do valor projetado para o salário-mínimo – de R$ 969 para
R$ 965, conforme revisão orçamentária anunciada pelo ministro do Planejamento,
Dyogo Oliveira – Meirelles voltou a dizer que isso também “não é uma questão de
opinião”, nem de boa vontade.

“O reajuste para menos é
calculado por lei, e leva em conta o INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as
riquezas produzidas pelo país)”, disse o ministro. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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