Preços do varejo para o Natal devem cair pela primeira vez desde 2009

No ano passado, os preços para a data comemorativa subiram, em média, 9,8%, e em 2015, a variação média foi de 10,9%

Postado em: 07-11-2017 às 14h55
Por: Márcio Souza
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No ano passado, os preços para a data comemorativa subiram, em média, 9,8%, e em 2015, a variação média foi de 10,9%

Os preços do varejo para o Natal
devem cair 1,1%, em média, em relação ao ano passado. É a primeira vez que a
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê
deflação para o período desde o início do levantamento feito pela entidade, em
2009.

No ano passado, os preços para a
data comemorativa subiram, em média, 9,8%, e em 2015, a variação média foi de
10,9%.

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Segundo a entidade, a queda nos
preços deve acompanhar a tendência que vem sendo constatada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de queda da taxa de inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deverá
fechar o ano em torno de 3%.

No levantamento sobre as
expectativas do setor para o Natal divulgado hoje (7), a CNC elevou suas
estimativas de crescimento das vendas para o Natal e de contratação de
trabalhadores formais no período.

A expectativa de crescimento das
vendas subiu de 4,3 % para 4,8%, enquanto as estimativas para a contratação de
trabalhadores formais passou de 73,1 mil para 73,8 mil vagas.

Com a revisão para cima da
expectativa de vendas durante o período natalino, a CNC reviu também a projeção
de arrecadação do setor, que deverá movimentar R$ 34,7 bilhões – crescimento de
4,8% na comparação com o Natal do ano passado.

Para o chefe da Divisão Econômica
da CNC, Fabio Bentes, “a inflação baixa, a redução na taxa de juros e a
contínua melhora do mercado de trabalho” contribuíram para uma percepção mais
positiva sobre as vendas deste final de ano.

A publicação da CNC indica que o
aumento nas vendas deverá ocorrer principalmente nas lojas de móveis e
eletrodomésticos, que esperam movimentar R$ 3,1 bilhões (+17,4% a mais que no
Natal de 2016). Destacam-se também os segmentos de hiper e supermercados (R$
11,6 bilhões), lojas de vestuário (R$ 9 bilhões) e de artigos de uso pessoal e
doméstico (R$ 5 bilhões). “Juntos estes segmentos deverão responder por dois
terços das vendas natalinas deste ano”, estima Bentes.

Contratações e salários

Segundo a CNC, a expectativa
positiva em relação ao volume das vendas durante o Natal também deverá se
refletir em mais demanda por trabalhadores temporários. Ao revisar de 73,1 mil
para 73,8 mil a previsão de contratação de trabalhadores formais para o Natal
deste ano, a entidade destacou o aumento da oferta de vagas nos segmentos de
vestuário e calçados (48,4 mil vagas), seguidos por hiper e supermercados (10,3
mil) e pelas lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (8 mil).

A expectativa da CNC é de que 30%
dos trabalhadores contratados de forma temporária para o Natal sejam efetivados
após o período de festas. “Diante da perspectiva de retomada lenta e gradual da
atividade econômica e do consumo no início de 2018, bem como dos impactos
positivos sobre o emprego, decorrentes da reforma trabalhista, a taxa de
absorção dos trabalhadores temporários deverá crescer”, analisou Bentes. De
acordo com o economista da CNC, nos últimos dois anos, esse percentual não
passou dos 15%.

A confederação também prevê o
aumento de 7% (em valores nominais, sem considerar a inflação) no salário de
admissão pago pelo comércio, que deverá ser de R$ 1.188.

Para a entidade, o maior salário
de admissão deverá ocorrer no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e
cosméticos (R$ 1.443), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos
de informática e comunicação (R$ 1.389). 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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