Produção industrial cresce 3,1% em 13 dos 15 locais analisados pelo IBGE

Em bases trimestrais, a expansão do terceiro trimestre do ano é a taxa positiva mais elevada desde o segundo trimestre de 2013, quando atingiu 5,1%

Postado em: 08-11-2017 às 11h05
Por: Márcio Souza
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Em bases trimestrais, a expansão do terceiro trimestre do ano é a taxa positiva mais elevada desde o segundo trimestre de 2013, quando atingiu 5,1%

O crescimento de 3,1% da produção
industrial brasileira no terceiro trimestre do ano, frente ao mesmo trimestre
de 2016, reflete avanço na indústria de 13 dos 15 locais pesquisados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados fazem parte da pesquisa
Industrial Mensal Produção Física – Regional divulgada hoje (7), no Rio de
Janeiro, pelo IBGE.  Em bases
trimestrais, a expansão do terceiro trimestre do ano é a taxa positiva mais
elevada desde o segundo trimestre de 2013, quando atingiu 5,1%.

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Com o avanço, a indústria manteve
o comportamento positivo registrado nos dois primeiros trimestres do ano:
janeiro, fevereiro e março (1,2%) e abril, maio e junho (0,3%), todas as
comparações contra igual período do ano anterior. Os resultados interromperam
onze trimestres consecutivos de taxas negativas.

Do segundo para o terceiro
trimestre do ano, a indústria anotou resultados positivos em onze dos quinze
locais pesquisados, com destaque para Bahia (de -6,3% para 5,6%), Mato Grosso
(de -2,7% para 7,4%), São Paulo (de -0,2% para 5,4%), Paraná (de 1,9% para
6,8%) e Goiás (de -1,4% para 3,5%). Jás principais perdas entre os dois
períodos foram registradas no Espírito Santo (de 5,0% para 0,2%) e Rio Grande
do Sul (de 2,0% para -1,4%).

Acumulado no ano

Os dados da pesquisa indicam que
a produção industrial brasileira fechou os três primeiros trimestre do ano
(janeiro/setembro) com crescimento acumulado de 1,6%, frente a igual período de
2016, com expansão em doze dos quinze locais pesquisados, com destaque para os
avanços mais acentuados assinalados pelo Pará (9,8%) e Paraná (5,1%).

Santa Catarina (3,6%), Espírito
Santo (3%), Rio de Janeiro (2,8%), Amazonas (2,5%), Goiás (2,4%), Mato Grosso
(2,1%), São Paulo (2%), Ceará (1,6%), Minas Gerais (1,6%) e Rio Grande do Sul
(0,9%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos no fechamento
dos nove meses do ano.

Nesses estados, segundo o IBGE, o
maior dinamismo foi  influenciado por
fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial,
os voltados para o setor de transportes, construção e agrícola); de bens
intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia, açúcar e
derivados da extração da soja); de bens de consumo duráveis (automóveis e
eletrodomésticos da linha marrom); e de bens de consumo semi e não duráveis
(calçados, produtos têxteis e vestuário).

A Bahia (-2,9%) apontou o recuo
mais elevado no índice acumulado no ano. A Região Nordeste, com queda de 0,9%,
e Pernambuco (-0,1%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado de
janeiro/setembro de 2017.

Crescimento estável

Na passagem de agosto para
setembro, série livre de ajustes sazonais, o crescimento industrial ficou
praticamente estável ao avançar 0,2%. A alta reflete expansão em apenas 6 dos
14 locais pesquisados.

Nesta base de comparação, o
avanço mais acentuado ocorreu no Rio de Janeiro: 8,7%, resultado que chega a
ser 8,5 pontos percentuais superior à média nacional -, intensificando o
crescimento de 3,1% já assinalado em agosto último.

Na mesma base de comparação,
Goiás fechou com expansão de 2,1%, Pará (2%), São Paulo (1,3%), Paraná e Santa
Catarina (0,2%) e também tiveram índices positivos em setembro de 2017.

Espírito Santo (-3%), Pernambuco
(-2,5%) e Região Nordeste (-2%) apontaram os resultados negativos mais elevados
em setembro, com o primeiro devolvendo parte da expansão de 6,7% observada no
mês anterior; o segundo eliminando o avanço de 2,2% verificado em agosto; e o
último voltando a recuar após acumular ganho de 3,1% em julho e agosto. As
demais taxas negativas foram anotadas no Ceará (-1,1%), Amazonas (-1,1%), Bahia
(-1,1%), Rio Grande do Sul (-1,0%) e Minas Gerais (-0,4%). 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Agb

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