Compras pela internet devem superar as feitas em lojas físicas neste Natal

Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico correspondeu a 32%

Postado em: 08-11-2017 às 14h30
Por: Márcio Souza
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Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico correspondeu a 32%

As vendas pela internet devem
crescer neste ano, tornando o comércio virtual o principal meio de compras do
Natal de 2017, segundo pesquisa divulgada hoje (8) pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil). O levantamento feito nas 27 capitais brasileiras indicou
que 40% dos consumidores pretendem adquirir presentes pela rede. Desses, 54%
disseram que pretendem comprar mais da metade das lembranças de fim de ano
dessa forma.

O número indica que as compras
pela internet devem superar as feitas em centros comerciais, estimadas para
este ano em 37%. Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers,
responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico
correspondeu a 32%. Em 2017, 37% dos consumidores ainda que pretendem ir a
lojas de departamento, 26% a lojas de bairro e 13% a shoppings populares.

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Sobre a escolha dos locais de
compra, 58% dos consumidores  disseram
que escolhem o local pelo preço, 50% pelas ofertas e promoções, 27% pela
diversidade de produtos e 20% pelo atendimento.

Para a economista-chefe do SPC,
Marcela Kwauti, o crescimento do comércio eletrônico é uma tendência que deve,
inclusive, pressionar as lojas físicas a disputar a preferência dos
consumidores. “Isso em algum momento ia acontecer, por conta da crise ou mesmo
que a gente não tivesse tido a crise. A internet vem ganhando espaço e isso não
tem volta”, enfatizou.

Dentro do comércio virtual, as
páginas de grandes empresas são a opção de 68% dos compradores, seguida pelos
sites de classificados de compra e venda (42%) e os especializados em roupas,
calçados e acessórios (34%).

Estabilidade

De forma global, o levantamento
do SPC estima vendas de Natal em um patamar semelhante ao do ano passado. Em
2016, a projeção apontou para um movimento de cerca de R$ 50 bilhões, enquanto
em 2017, o montante deve chegar a R$ 51,2 bilhões. Segundo o estudo, 110
milhões de consumidores têm a intenção de dar presentes neste fim de ano.

Os dados mostram ainda que 26%
dos que vão comprar presentes querem gastar menos do que em 2016 – 32% apontam
a situação financeira ruim como razão –, enquanto 33% pretendem gastar o mesmo
valor que no ano passado e 19% têm a disposição de gastar mais. A média de
gastos deve ficar em R$ 461,91, distribuídos em quatro ou cinco itens.

Cerca de um terço dos
consumidores (34%) pretende comprar à vista no dinheiro, 19% com o cartão de
débito e 31% parcelar no cartão de crédito.

Na avaliação de Marcela, os
números refletem o cenário econômico atual. “É o Natal do início da recuperação
da economia, mas o consumidor ainda não tem dinheiro no bolso para comprar como
ele comprava antes da crise”, resumiu. Ela ressaltou que existem alguns sinais
de melhora, mas em outros há apenas indícios de retomada. “O que a gente já tem
de recuperação são juros menores, inflação controlada. Você começa a ver o
crédito se recuperar, os primeiros sinais de desemprego em queda e vendas no
varejo começar a crescer”, completou.

O retorno da economia brasileira
aos patamares pré-crise, semelhantes ao de 2013, deve acontecer, segundo as
projeções da economista, somente em 2020. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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