Capacidade de estoque de grãos do país é de 168 milhões de toneladas

Região Nordeste foi a única que teve acréscimo no número de estabelecimentos ativos, registrando alta de 6,5% em relação ao último trimestre de 2016

Postado em: 09-11-2017 às 11h10
Por: Victor Pimenta
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Região Nordeste foi a única que teve acréscimo no número de estabelecimentos ativos, registrando alta de 6,5% em relação ao último trimestre de 2016

A capacidade total de estoque de produtos agrícolas do país
fechou o primeiro semestre em 168 milhões, mostrando estabilidade em relação ao
trimestre imediatamente anterior, mas o volume estocado de janeiro e junho
deste ano ficou em 58,7.

Os dados foram divulgados hoje (9), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que a soja
representou o maior volume estocado (34,9 milhões de toneladas), seguida pelos
estoques de milho (13 milhões), arroz (4,9 milhões), trigo (2,4 milhões) e o
café (898,4 mil).

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Já o número de estabelecimentos ativos existentes no primeiro
semestre do ano caiu 0,1%. Neste primeiro semestre, o total de estabelecimentos
era de 7.821, contra 7.829 existentes no segundo semestre de 2016.

A Região Nordeste foi a única que teve acréscimo no número de
estabelecimentos ativos, registrando alta de 6,5% em relação ao último
trimestre de 2016, enquanto a Região Norte teve o maior recuo (4,1%), entre um
período e outro.

A Pesquisa de Estoque 2017 do IBGE indica, também, a
predominância dos silos na rede armazenadora do país, com capacidade para
guardar no primeiro semestre do ano 79,2 milhões de toneladas, um crescimento
de 2,5% em relação ao segundo semestre do ano passado; seguido dos graneleiros
e granelizados que fecharam o semestre com capacidade útil de armazenamento de
63 milhões de toneladas – neste caso anotando queda de 1,9% sobre os últimos
seis meses do ano passado.

Alta

Cinco principais produtos apresentam alta no estoque, com
destaque para a soja cujo número representou o maior volume (34,9 milhões de
toneladas); seguido pelo estoque de milho (13 milhões); arroz (4,9 milhões);
trigo (2,4 milhões); e café (898,4 mil toneladas). Juntos, estes produtos
representam 95,5% da massa de grãos estocada entre os produtos monitorados pela
pesquisa.

O IBGE informou, que em junho, a safra de soja se encontrava
praticamente colhida em sua totalidade, com a produção recorde estimada em
115,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 19,5% em relação ao ano anterior.
Segundo o instituto, “a produção foi favorecida pelas ótimas condições
climáticas desde o plantio até a colheita”.

O levantamento indicou ainda que o milho colhido até 30 de
junho havia alcançado 97,7 milhões de toneladas, valor 53,5% maior do que o
registrado no mesmo período de 2016, enquanto os estoques apresentavam 13
milhões de toneladas.

Para Adriana Mendes, gerente da pesquisa, “as boas
condições climáticas favoreceram a obtenção de safras elevadas de grãos não só
de milho como também de soja”. A alta nos estoques também é explicada,
segundo ela, pela lógica de produção do mercado. “De maneira geral, parte
das safras é comercializada de modo antecipado para financiar a aquisição de
insumos e o processo produtivo”.

Com um crescimento de 55,2% em relação ao último trimestre do
ano passado, os estoques de trigo totalizaram nos primeiros seis meses deste
ano 2,4 milhões de toneladas. O aumento na quantidade de trigo armazenado entre
os dois semestres, segundo o IBGE, é decorrência do volume da produção de 6,8
milhões de toneladas relativas à safra anterior, aliada ao aumento de 11,9% nas
importações no primeiro semestre deste ano e à redução no ritmo de
processamento dos moinhos.

A excelente safra deste ano, batendo todos os recordes de
produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, como demonstram as previsões do
Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE – também
determinou um crescimento de 29,4% nos estoques de arroz em casca, em
comparação com a data de referência de 2016. Em junho, a safra de 2017 já se
encontrava colhida e as estimativas apontavam para um aumento de 16,2% na
produção.

Também os números relativos ao café estocado
foram favoráveis e indicam que a quantidade aumentou em 7,3% em comparação com
a último semestre do ano passado. Em 30 de junho de 2017, estavam armazenadas
898,4 mil toneladas. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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