Com alta inflação e queda do poder aquisitivo, varejo aposta em vendas de produtos “Premium” 

A taxa de juros muito alta faz com que as pessoas com maior poder aquisitivo sejam capazes de manter o patrimônio, aplicado em investimentos que rendem acima da inflação e mais que a Selic

Postado em: 02-05-2022 às 11h52
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Com alta inflação e queda do poder aquisitivo, varejo aposta em vendas de produtos “Premium” 
A taxa de juros muito alta faz com que as pessoas com maior poder aquisitivo sejam capazes de manter o patrimônio, aplicado em investimentos que rendem acima da inflação e mais que a Selic | Foto: Getty Images

A venda de produtos de maior valor tem se tornado alvo do varejo, de acordo com um levantamento feito pela GFK. Itens como refrigeradores, churrasqueiras a gás e lava-louças cresceram em quase 30% no número de vendas. 

A taxa de juros muito alta faz com que as pessoas com mais poder aquisitivo sejam capazes de manter o patrimônio, que, geralmente, está aplicado em investimentos que rendem acima da inflação e até mais que a Selic. Segundo a economista e professora do Insper, Juliana Inhasz.  “Então estão ganhando poder de compra, daí eles ganham então espaço para poder comprar cada vez mais”.

Com as vendas desse segmento indo bem, a diversidade de produtos de alto padrão é cada vez maior. Na comparação do primeiro bimestre deste ano com o do ano passado, houve alta de oferta em várias linhas.Para TVs HD, a alta foi de 2%. Para smartphones acima de R$ 2.500, de 21%. Já em relação à variedade de notebooks de sétima geração, o aumento chegou a 33%, mostra o levantamento.

Continua após a publicidade

Em relação ao mercado de automóveis, o cenário também mostra um aumento de vendas de carros de alto padrão. Um levantamento da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores mostrou que, em março de 2022, os modelos de SUVs foram responsáveis por 48,70% das vendas no mês, uma alta de 44,68% na comparação com fevereiro.

A estimativa é que, pelo menos até o fim deste ano, os investimentos do comércio sigam voltados para as classes A e B, que apesar de representarem uma fatia bem menor da população, é onde hoje estão as pessoas que continuam comprando, mesmo com a economia instável.

“Hoje quem tem dinheiro para comprar justamente este público que vai olhar a geladeira mais cara, o fogão com maior tecnologia, que vai querer trocar uma televisão que já não era pequena por uma maior ainda, e aproveitar o momento em que o mercado ainda está muito vulnerável e procurando este comprador”, diz Inhasz.

Com informações CNN

Veja Também