Goiás movimenta R$ 173,53 bilhões em 2015 e mantém 9º PIB do País

Apesar da crise econômica nacional, Produto Interno Bruto foi, em termos absolutos, R$ 8,62 bilhões superior ao de 2014, apontam números consolidados, divulgados em parceria por IMB e IBGE

Postado em: 16-11-2017 às 12h10
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás movimenta R$ 173,53 bilhões em 2015 e mantém 9º PIB do País
Apesar da crise econômica nacional, Produto Interno Bruto foi, em termos absolutos, R$ 8,62 bilhões superior ao de 2014, apontam números consolidados, divulgados em parceria por IMB e IBGE

A economia de Goiás movimentou R$ 173,63 bilhões em 2015, valor R$ 8,62 bilhões
acima do registrado no ano anterior (R$ 165,01 bilhões). A renda per capita dos
goianos chegou a R$ 26.265,32, com crescimento de 3,83%, embora naquele ano a
crise econômica tenha chegado no seu momento mais agudo, fazendo com que todas
as Unidades da Federação tivessem taxas negativas do Produto Interno Bruto
(PIB).

O PIB goiano, consolidado pelo
Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da Secretaria
de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), em parceria com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), caiu 4,3% na comparação com 2014 e a taxa
média nacional recuou 3,5%. Todos os Estados tiveram taxas negativas do PIB em
2015.

Continua após a publicidade

Embora em volume a produção
goiana tenha sofrido queda em 2015, de -4,3%, em valor corrente o PIB goiano de
R$ 173,63 bilhões surpreendeu pois foi maior do que o estimado pelo IMB/Segplan
(R$ 171,34 bilhões). “Isso ocorre quando, mesmo que o volume produzido de
alguns bens apresente queda, o preço não foi afetado e em alguns casos houve elevação”,
explica a superintendente do IMB/Segplan, Lillian Maria Silva Prado.

Ela observa que as maiores
economias brasileiras apresentaram as maiores taxas negativas do PIB devido às
suas economias estarem muito voltadas à produção: São Paulo (-4,1%), Minas
Gerais (-4,3%), Rio Grande do Sul (-4,6%), Paraná (-3,4%), Santa Catarina
(-4,2%), Bahia (-3,4%), Distrito Federal (-1,0%), além de Goiás (-4,3%). Em
Goiás, por exemplo, a agropecuária e a indústria representam mais de 35% do
PIB. Como o Estado é o 12.º mais populoso do País, com 6,61 milhões de
habitantes, quanto mais pessoas diminuem o consumo maior é o impacto negativo
na economia.

A estimativa do Banco
Central é que o PIB nacional vai crescer 0,7% este ano. Já o de Goiás deverá
atingir 0,8% na comparação com 2016 e movimentar R$ 186,13 bilhões, segundo o
IMB/Segplan, já que os indicadores econômicos dão sinais positivos, como o
aumento do emprego, o crescimento das exportações e as acelerações das
produções industrial e agropecuária, além de investimentos em infraestrutura em
todo o estado por parte do Governo estadual.

Setores

Em 2015, a participação de Goiás
no PIB nacional ficou estável em 2,9%. Com isso, o Estado manteve-se na 9.ª
posição no ranking nacional.  O menor
nível da atividade econômica atingiu todas as atividades produtivas do Estado. Nos
serviços, o valor adicionado diminuiu 3,7%, condicionado pelo recuo do mercado
interno, notadamente pelo comércio que apresentou retração de 12% em suas
atividades, devido à queda do consumo das famílias em virtude da desaceleração
da massa salarial.

Na indústria, com taxa negativa
de -4,8%, a exceção foi o segmento de transformação. As demais atividades
apresentaram desaceleração, com destaque para a geração e distribuição de
eletricidade, gás, água e esgoto e limpeza urbana, com -13,3%, por causa da
falta de chuvas.

Já a atividade agropecuária teve
seu resultado negativo de 4,9% impactado pelas condições climáticas ocorridas
naquele ano e pela grande dependência da demanda externa, que esteve refreada e
pela queda de preços das commodities no mercado internacional.

A situação econômica desfavorável
da economia goiana, em 2015, acabou refletindo em outros indicadores, como o da
balança comercial que fechou as exportações com queda de 15,8% e as importações
com -23,9%. O mercado de trabalho goiano fechou 13.135 vagas em 2015. 

Foto: Reprodução

Veja Também