Cresce a confiança do consumidor, indica pesquisa do SPC e CDNL

Dos 801 consumidores ouvidos, 83% consideraram que as condições atuais da economia brasileira ainda não são boas

Postado em: 17-11-2017 às 15h00
Por: Victor Pimenta
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Dos 801 consumidores ouvidos, 83% consideraram que as condições atuais da economia brasileira ainda não são boas

Os brasileiros estão mais confiantes na economia do país e
com a possibilidade de uma melhoria em sua situação financeira. É o que mostra
a pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria
com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O índice de
confiança do consumidor brasileiro aumentou 2,4% entre setembro e outubro,
elevando a medição de 41,3 pontos para 42,1 pontos.

Pela metodologia, em uma escala de 0 a 100 pontos, quanto
mais próximo da pontuação máxima, maior é a percepção de otimismo. O Indicador
de Confiança é composto pelo Subindicador de Expectativas, que subiu de 52,7
para 54 pontos, e pelo Subindicador de Condições Atuais (de 29,8 pontos para
30,3 pontos).

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Na avaliação do presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o país
está retomando o crescimento, embora ainda de forma lenta. Ele acredita que a
percepção virá nos próximos meses e com isso haverá um resgate maior da
confiança. “A mais aguardada mudança é a redução do desemprego, que já
registrou queda nos últimos meses, mas ainda permanece elevado e foi fortemente
influenciado pelo aumento da informalidade”, disse o executivo.

Dos 801 consumidores ouvidos, 83% consideraram que as condições
atuais da economia brasileira ainda não são boas. Para 42% desses
entrevistados, um dos principais pontos negativos é o desemprego.

Embora reconheçam que a inflação vem caindo, 30% ainda veem
os reajustes de preços como um obstáculo ao crescimento econômico. Para 13%, o
que prejudica são os juros altos. Outros 14% dos consultados avaliaram como
regular o desempenho e 2% acharam que o país está vivendo um bom momento.

Apesar de ter prevalecido a percepção mais negativa, o
levantamento indicou que há menos consumidores insatisfeitos com a sua própria
condição financeira do que em relação à economia do país. Para 41% dos
sondados, o quadro é ruim ou péssimo, enquanto 47% indicaram como regular e
classificaram como bom.

Quando questionados se estavam exercendo alguma atividade
remunerada, mais da metade (57%) respondeu que sim; 27% demonstraram receio de
ser demitidos e 31% consideraram baixa essa possibilidade.

Os que demostraram mais ceticismo alegaram ganhos baixos e
dificuldades para pagar as contas, segundo apontaram 43% dos consumidores. O
desemprego foi a queixa de 32%, a queda da renda familiar de 16% e 4% disseram
ter tido algum imprevisto que atrapalhou o orçamento.

Já 70% afirmaram que estão bem com a sua vida financeira por
fazer um bom controle de seu orçamento. A economista-chefe do SPC Brasil,
Marcela Kawauti,recomenda que é importante colocar a organização das finanças
entre as prioridades. Ela lembra que gastar mais do que se ganha pode ser “a
raiz do endividamento, da inadimplência”. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Portal Governo do Brasil)

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