Conta de luz residencial no País deve subir 12%, segundo levantamento

No Centro-Oeste, que teve alta de 11% no ano passado, uma pequena queda em 2022: 9,5% (Foto: Divulgação)

Postado em: 16-05-2022 às 09h06
Por: Redação
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No Centro-Oeste, que teve alta de 11% no ano passado, uma pequena queda em 2022: 9,5% (Foto: Divulgação)

Os brasileiros terão cerca de 12% de reajuste na conta de luz, nesta ano. O número médio de tarifa residencial foi calculado pela TR Soluções (empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia) e não considera impostos (que variam por Estado) ou bandeira tarifária. No passado, o aumento foi de 8%.

De acordo com a Folha de S. Paulo, que divulgou os dados, a maior tarifa residencial será na região Nordeste, com 17%. Mais de 10% em relação a 2021, quando foi reajustada em 6,9%. No Centro-Oeste, que teve alta de 11% no ano passado, uma pequena queda em 2022, conforme a consultoria. A média na região, que inclui Goiás, deve ter reajuste na tarifa residencial de 9,5%.

No Sudeste, 13% neste ano contra 7,5% no passado; no Norte, 10% na média; contra 8,8% em 2021; e no Sul, queda. Enquanto ano passado o reajuste foi 8,5%, em 2022 será de 3%.

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Maior reajuste

No Nordeste, entre janeiro e abril, as distribuidoras da região já tiveram destaque nos reajustes: 20% a Neoenergia Cosern, no Rio Grande do Norte; e 21% a Coelba, na Bahia, 21%. O maior aumento, contudo, ocorreu na Enel Ceará: 24%. A bancada do Estado na Câmara Federal reagiu, inclusive, colocando em pauta uma discussão no Congresso para tratar da mudança da estrutura da conta de luz no País.

Na ocasião, o deputado Domingos Neto (PSD-CE) propôs o vitorioso (410 votos a favor e 11 contra) projeto de decreto legislativo (PDL) para suspender o reajuste no Ceará. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) ventilou a possibilidade de incluir outros Estados que tiverem reajustes tão altos.

As associações ligadas às empresas, contudo, disseram que a suspensão seria quebra de contrato, além de dizerem que a medida poderia afastar investidores. Uma audiência pública, então, ocorreu na última quinta (12), na Comissão de Minas e Energia da Câmara, com representantes dos diversos segmentos. Contudo, ainda não houve uma definição.

Para o relator do PLD, deputado Vaidon Oliveira (União Brasil-CE), se o texto for pro plenário passa. “Mas analisamos as justificativas para o aumento no Ceará, estão muito bem explicadas em quase mil páginas de um relatório. A gente até pode derrubar com duas folhas de papel, mas é importante conversar com a bancada de outros estados antes.”

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