Inflação gera importância em investimento na segurança de transportes de cargas

De acordo com resultados apresentados pelo IPCA, houve um crescimento nos gastos em setores de transportes de carga, principal recurso para levar os alimentos nos estabelecimentos.

Postado em: 21-05-2022 às 08h48
Por: Victória Vieira
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De acordo com resultados apresentados pelo IPCA, houve um crescimento nos gastos em setores de transportes de carga, principal recurso para levar os alimentos nos estabelecimentos | Foto: Reprodução/ Istock

A inflação está afetando todos os setores de economia do Brasil. Agora é a vez das empresas investidoras em transporte rodoviário de cargas, principal recurso para levar os alimentos e mercadorias nos estabelecimentos comerciais. Os custos operacionais aumentaram diante 12 meses, representando uma alta de 12,85%, de acordo com pesquisas feitas pelo IPCA 15, Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

O fato dessa área estar incluída na inflação, está diretamente ligada ao contexto histórico e social do mundo atualmente, ou seja, os preços dos combustíveis, a desvalorização do real em relação ao dólar, os juros elevados, o embargo à Rússia e a guerra na Ucrânia impactaram no investimento de pagamento das transportadoras, afinal, a manutenção desses meios de transporte são extremamente caras.

Juntando esse fator, o valor do transporte desses materiais reforçam o encarecimento no “bolso do consumidor”, pois contribuem com o preço dos alimentos. Segundo informações dadas pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, NTC&Logística, há uma diferença de 13% entre o frete calculado pelas transportadoras e o frete que é cobrado às empresas contratantes. O diretor operacional da Anacirema Transportes, José Alberto Panzan, relata que a maior dificuldade está em especificar isso para os clientes e a solução é negociar com eles mais de quatro vezes por ano. ” Existe uma grande dificuldade em repassar os reajustes no preço dos combustíveis. Os clientes buscam, cada vez mais, contratos anuais dentro de seus orçamentos. Por conta disso, os fretes ficam defasados.”, disse.

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Além do aumento nos preços, há uma outra instabilidade no setor da seguranças das cargas. A alta valorização faz com que elas estejam no radar dos criminosos. Esse tipo de situação acontece através de um roubo e logo em seguida, os materiais são vendidos mais caros ou mais baratos. A NTC&Logística divulgou no mês passado um resultado da pesquisa sobre o roubo de cargas no Brasil. As ocorrências cresceram 1,7% no ano passado.

“Logo, é preciso reforçar o trabalho de prevenção, e a melhor maneira de fazer isso é com investimento em inovação e em tecnologia, principalmente dos sistemas de segurança, de rastreamento de frota e da infraestrutura no departamento de gerenciamento de riscos (GR) das transportadoras”, exclama Panzan. Completando, o diretor esclarece que para reduzir vivencias como essa, é preciso fazer práticas de segurança como a compra e instalação de telas de proteção nas janelas no topo do caminhão das frotas.

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