Rendimento médio de trabalhadores chega a R$ 2.149 no país, diz pesquisa

Em 2016, os homens recebiam, em média, por mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836, o que representa 77,1% do rendimento masculino

Postado em: 29-11-2017 às 10h30
Por: Márcio Souza
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Em 2016, os homens recebiam, em média, por mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836, o que representa 77,1% do rendimento masculino

A Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada hoje (29) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2016, o rendimento
médio mensal real dos 88,9 milhões de trabalhadores do país, com 14 anos ou
mais de idade, resultou em uma massa mensal de rendimento (total pago à
população ocupada) de aproximadamente R$ 191 bilhões e um rendimento médio de
R$ 2.149.

Os homens recebiam, em média, por
mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836, o que representa 77,1%
do rendimento masculino.

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O rendimento médio mensal real
das pessoas brancas (R$ 2.810) era maior que os rendimentos observados para as
pessoas pardas (R$ 1.524) e pretas (R$ 1.547). As pessoas brancas apresentaram
rendimentos 30,8% superiores à média nacional de R$ 2.149, enquanto as pardas e
pretas receberam rendimentos 29,1% e 28%, respectivamente, inferiores a essa
média.

Segundo o IBGE, a população
branca corresponde a 46,6% da população ocupada e a população parda, 43,4%.

Em relação à escolaridade, a
participação das pessoas com, no mínimo, o ensino médio completo foi 56,8% dos
ocupados. Entre aqueles que não tinham o ensino fundamental completo ou
equivalente, a participação foi 27,9% dos ocupados.

As pessoas sem instrução ou que
tinham menos de um ano de estudo apresentaram o menor rendimento médio (R$
884). Por outro lado, o rendimento das pessoas com ensino fundamental completo
foi 57,8% maior, chegando a R$ 1.395. Quem tinha ensino superior completo
registrou rendimento médio aproximadamente três vezes maior que os que tinham
somente o ensino médio completo e quase seis vezes o daqueles sem instrução.

No ano passado, as pessoas que tinham
rendimento proveniente do trabalho correspondiam a 42,4% da população residente
no Brasil (87,1 milhões), enquanto 24% (49,3 milhões) tinha algum remuneração
de outras fontes (aposentadoria, pensão, aluguel, pensão alimentícia,
transferência de renda, entre outros).

A região Sul apresentou o maior
percentual de pessoas com rendimento do trabalho (47,1%). A Região Nordeste
registrou o menor percentual de pessoas com rendimento do trabalho (35,7%) e o
maior percentual daquelas que recebiam de outras fontes (27,6%).

Concentração

Segundo a Pnad Contínua, em 2016,
o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia mensalmente, em
média, R$ 27.085, ou 36,3 vezes mais do que a metade da população com os
menores rendimentos, que ganhavam, em média, R$ 747.

A massa de rendimento médio
mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 255,1 bilhões em 2016. A parcela
dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8% do total, enquanto
os 10% com os maiores rendimentos ficaram com 43,4%. O grupo dos que têm maior
rendimento tem uma parcela da massa de rendimento superior à dos 80% da
população com os menores rendimentos (40,8%).

O rendimento domiciliar per
capita é a divisão dos rendimentos domiciliares pelo total de moradores.

No país, o rendimento médio real
domiciliar per capita foi R$ 1.242. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram os
menores valores (R$ 772) e a região Sudeste o maior, R$ 1.537.

Do remineração média mensal
domiciliar per capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes,
principalmente aposentadoria e pensão (18,7%). 

Fonte: Agência Brasil. Reprodução

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