Superávit da balança comercial atinge marca inédita de US$ 62 bi ao ano

Saldo positivo é inferior ao superávit de US$ 4,75 bilhões registrado em novembro do ano passado

Postado em: 01-12-2017 às 16h30
Por: Victor Pimenta
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Saldo positivo é inferior ao superávit de US$ 4,75 bilhões registrado em novembro do ano passado

Em mês tradicionalmente marcado por baixas vendas ao mercado
externo, o superávit da balança comercial (diferença entre exportações e
importações) caiu em novembro. No mês passado, o país exportou US$ 3,54 bilhões
a mais do que importou, informou há pouco o Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC). O saldo positivo é inferior ao superávit de US$
4,75 bilhões registrado em novembro do ano passado.

Apesar do recuo, a balança comercial atingiu uma marca
inédita. Nos 11 primeiros meses do ano, as exportações superaram as importações
em US$ 62 bilhões. Esse é o melhor resultado para o período desde o início da
série histórica, em 1989. De janeiro a novembro do ano passado, a balança
comercial tinha registrado superávit de US$ 43,26 bilhões.

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O saldo positivo até novembro supera todo o superávit
comercial registrado em 2016: US$ 47,7 bilhões, até então o melhor resultado da
série histórica. De acordo com o MDIC, a expectativa é que a balança comercial
encerre 2017 com superávit entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões.

Exportações e importações

Em novembro, o Brasil exportou US$ 16,68 bilhões, alta de
2,9% sobre o mesmo mês do ano passado pelo critério da média diária. O aumento
decorreu principalmente da valorização das commodities (bens primários com
cotação internacional) no mercado externo. A recuperação da economia, no
entanto, fez as importações subir em ritmo maior. No mês passado, o país
comprou US$ 13,14 bilhões do exterior, alta de 14,7% na mesma comparação também
pelo critério da média diária.

Em relação às exportações, as vendas de produtos básicos
aumentaram 26,5% em relação a novembro do ano passado. As vendas de produtos
semimanufaturados subiram 3,1%. No entanto, as exportações de produtos
manufaturados caíram 14,2% na mesma comparação. O crescimento das importações
foi puxado pelas compras de combustíveis e lubrificantes (+69,2%), de bens de
consumo (+20%), de bens de capitais (máquinas e equipamentos para produção),
com alta de 10,8%, e de bens intermediários (+6,7%).

De janeiro a novembro, o país exportou US$ 200,15 bilhões,
com alta de 18,2% sobre os 11 primeiros meses do ano passado pelo critério da
média diária. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 138,14 bilhões,
crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2016, também pela média
diária. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/GGN)

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