Inflação: Pesquisa aponta que brasileiros estão substituindo refeições por lanches

Isso tudo está atrelado a encontrar uma maneira de diminuir os gastos e ter uma refeição ao dia.

Postado em: 06-07-2022 às 12h55
Por: Victória Vieira
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Isso tudo está atrelado a encontrar uma maneira de diminuir os gastos e ter uma refeição ao dia | Foto: Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em razão do alto valor no consumo de alimentos, cada vez mais os brasileiros tem encontrado dificuldades para economizar. De acordo com a consultoria do Kantar, as pessoas estão começando substituir o almoço por lanches com produtos industrializados.

Isso tudo está atrelado a encontrar uma maneira de diminuir os gastos e ter uma refeição ao dia. A pesquisa alega que salgadinhos como chips, bolachas, amendoins em saquinho, apresentam gastos menores de R$ 10,43 (alta de 11%), em comparação com um almoço completo que custa em torno de  R$ 43,94 (alta de 21%).

O gerente Hudson Romano explica o motivo do impacto na crise econômica ter afetado as famílias brasileiras de baixa renda, principalmente, aquelas que sobrevivem através da cesta básica.

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“O grande problema não é mais que os restaurantes e bares estão fechados, mas como o bolso apertou, o brasileiro não tem mais dinheiro para gastar. Não tivemos o mesmo impacto da inflação nos salários. Então, os lanches foram uma opção econômica e as pessoas estão cada vez mais buscando isso. Querendo ou não, assim como as refeições, os snacks têm índices de calorias e carboidratos para saciar uma pessoa”, relatou.

Fora do ambiente alimentício, o estudo analisou que devido a inflação, no primeiro trimestre deste ano, as famílias estão deixando de gastar fora de casa e priorizaram o consumo dentro do lar.

“O consumo de abastecimento representa desde os alimentos e bebidas até produtos de limpeza. Quando olhamos para as classes sociais mais altas, como a A e a B, o consumo maior de despesas vai para a gasolina e a conta de luz, enquanto na classe D e E, por exemplo, como o bolso desse consumidor é mais apertado, a prioridade é a alimentação. Então é possível vermos isso na pesquisa”, informa.

O quadro de gastos médios trimestrais domiciliar ultrapassou o valor de R$ 1.329, para R$ 1.369. A região Centro-Oeste alcançou 15,3% em relação a aumentos prejudiciais nos primeiros trimestres deste ano.

O cenário é caracterizado como preocupante, pois até o ano passado, o normal da quantidade no carrinho de compras do consumidor era de 15 itens e agora reduziu para 13, mostrando a realidade complexa em que as famílias estão vivendo.

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