Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Em 2015 sete municípios respondiam por 25% do PIB do país, mostra IBGE

A pesquisa do IBGE mostra desigualdades regionais, tanto do ponto de vista da concentração das riquezas quanto da distribuição entre a população

Postado em: 14-12-2017 às 10h15
Por: Márcio Souza
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A pesquisa do IBGE mostra desigualdades regionais, tanto do ponto de vista da concentração das riquezas quanto da distribuição entre a população

Em 2015, apenas sete dos 5.570
municípios do país respondiam por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto
(PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país): São Paulo, Rio de
Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Manaus. Palmas foi
a capital com o menor PIB.

Os dados constam da pesquisa
Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2010-2015, que o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (14). Os números
indicam que, em 2015, esses sete municípios concentravam cerca de 14,3% da
população brasileira, estimada na época em pouco mais de 204 milhões de
pessoas.

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A pesquisa do IBGE mostra
desigualdades regionais, tanto do ponto de vista da concentração das riquezas
quanto da distribuição entre a população. Indica, por exemplo, que em 2015, os
dez municípios com os maiores PIB per capita somaram 1,3% de todo o produto
brasileiro e apenas 0,1% da população do país.

O Produto Interno Bruto do
Municípios 2010-2015 é um levantamento desenvolvidos pelo IBGE em parceria com
os órgãos estaduais de estatística, as secretarias estaduais de Governo e a
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e tem como referência o ano
de 2010.

Maior PIB

O maior PIB per capita de 2015,
que na média do país chegou a R$ 29,323 mil, foi o do município Presidente
Kennedy, no Espírito Santo, com R$ 513,134 mil. Em seguida, pela ordem vêm os
municípios de Paulínia e Louveira (ambos em São Paulo, com respectivamente, R$
276,972 mil e R$ 271, 206 ); Triunfo (RS); Selvíria (MS); Gavião Peixoto e Ilha
Bela (ambos também em São Paulo); São Francisco do Conde (BA); São João da
Barra (RJ); e Araporã (MG). Na outra ponta, Novo Triunfo, na Bahia aparece como
o município de menor renda per capita entre todos os 5.570 municípios da
Federação: R$ 3 369,79.

Segundo o levantamento do IBGE,
quando agregados, os 64 municípios de maior PIB concentram aproximadamente a
metade do PIB nacional e 33,3% da população. Em contrapartida, os 1.353
municípios que em 2015 pertenciam à última faixa de influência sobre as
riquezas do país, responderam por aproximadamente 1% do PIB e concentraram
apenas 3,2% da população.

Encontravam-se nessa situação
73,2% dos municípios do Piauí, 59,6% dos municípios da Paraíba, 51,8% dos
municípios do Tocantins e 48,5% dos municípios do Rio Grande do Norte. Para o
IBGE, isso “mostra a concentração e a difusão espacial da geração do PIB
brasileiro”.

A pesquisa revela que entre 2010
e 2015 não ocorreram alterações significativa entre os maiores municípios,
“visto que juntos, os sete maiores correspondem a, aproximadamente, um
quarto do PIB nacional e, entre eles, os cinco primeiros se mantiveram na mesma
posição ao longo da série”.

Excluindo-se as capitais, 10
municípios geravam, individualmente, mais de 0,5% do PIB e juntos, chegavam a
agregar 7,4% do Produto Interno Bruto do país em 2015. Desses 10 municípios, os
sete primeiros têm em comum a integração entre a indústria e os serviços e são
quase todos paulistas: Osasco, que gerou 1,1% em 2015; Campinas e Guarulhos,
com 0,9% cada; Barueri, com 0,8%; São Bernardo do Campo e Jundiaí, com 0,7%
cada; e São José dos Campos, com 0,6%. Em seguida, estão os municípios do
Estado do Rio de Janeiro: Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes, ambos com
0,6%, e Sorocaba, também em São Paulo, com 0,5%.

Os números mostram que em 2015,
3.170 mil municípios (o equivalente a 56,9% do total) tinham como principal
atividade econômica a administração, defesa, educação, a saúde pública e
seguridade social. Excluindo o serviços público, a agropecuária era a principal
atividade econômica em 3.129 municípios – o equivalente a 56,2% do total.

Se em 2015 apenas 25 municípios
concentravam em torno de 37,7% do PIB do país, por outro os municípios fora das
capitais eram responsáveis por 66,9% deste total. Os números revelam ainda que
entre 2014 e 2015 os municípios do Rio de Janeiro perderam participação na
economia brasileira.

Os dados do IBGE indicam que
entre 2002 e 2015, em 20 dos 26 estados da Federação o PIB per capita das
capitais perdeu participação no PIB nacional, chegando a cair no período 2,9
pontos percentuais. A participação dos municípios fora das capitais subiu de
63,9% para 66,9% do PIB, um avanço de 3 pontos percentuais.

Com informação da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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