Economia do interior de Goiás cresceu mais em 2015

Os dez municípios mais ricos do Estado continuam praticamente os mesmos. A única diferença foi a entrada de São Simão e a saída de Caldas Novas

Postado em: 14-12-2017 às 12h25
Por: Márcio Souza
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Os dez municípios mais ricos do Estado continuam praticamente os mesmos. A única diferença foi a entrada de São Simão e a saída de Caldas Novas

A economia do interior goiano
agregou mais valor à produção, entre 2014 e 2015, e abocanhou uma parcela maior
(73,1%) na participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, embora mais
de um quarto do valor total, de R$ R$ 173,632 bilhões, ainda tenha sido
movimentado pela economia da Capital (26,9%). É o que mostram os dados
consolidados do PIB Municipal de 2015, divulgados nesta quinta-feira (14/12),
pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da
Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), em consonância com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dez municípios mais ricos do
Estado continuam praticamente os mesmos. A única diferença foi a entrada de São
Simão e a saída de Caldas Novas desse seleto grupo. São eles: Goiânia,
Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia,
São Simão e Senador Canedo, embora eles tenham perdido uma pequena porcentagem
na formação do PIB total do Estado. Em 2014, esses mesmos municípios eram
responsáveis por 59,90% do PIB goiano. Em 2015, essa fatia caiu para 58,80%,
representando R$ 102,170 bilhões.

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Os dez menores municípios goianos
em relação do PIB de 2015 foram: Anhanguera, Jesúpolis, Cachoeira de Goiás,
Palmelo, Damianópolis, Teresina de Goiás, Guaraíta, Adelândia, Morro Agudo de
Goiás e São Patrício.

No interior do Estado, os maiores
ganhos de participação do PIB vieram dos municípios de São Simão, Minaçu, Rio
Verde, Trindade e Cachoeira Dourada. A perda de Goiânia em 2015, na comparação
com 2014, foi devido, principalmente, à redução do valor adicionado da
indústria de transformação, na atividade de construção civil.

A superintendente do IMB/Segplan,
Lillian Maria da Silva Prado, observa que 41,5% dos municípios goianos possuíam,
em 2015, a atividade de serviços como a mais representativa na economia local.
A agropecuária também possui grande importância, pois 87 municípios a tiveram
como principal atividade econômica. A administração pública se destacou na
estrutura positiva de 36 municípios goianos. Por outro lado, a Indústria vem
perdendo participação econômica, de forma que apenas 8,5% dos municípios
goianos a apresentaram como principal atividade produtiva. Nessa atividade,
destaca-se o município de São Simão, em que a Indústria representou 89,6% de
sua economia, puxada pela geração de energia elétrica.

Ranking

No ranking dos 100 maiores
municípios em PIB do Brasil aparecem duas cidades: Goiânia, na 15ª posição –
ganhou uma posição em relação a 2014 – e Anápolis na 65ª. A liderança continua
com São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba,
Porto Alegre, Manaus, Osasco (SP), Salvador e Fortaleza. Vale ressaltar que
entre os municípios das capitais brasileiras, Goiânia ocupa a 11ª posição, mesma
do ano anterior.

Dos 10 maiores municípios
brasileiros na agropecuária a liderança é de São Desidério (BA). Rio Verde
aparece no 3º lugar e Jataí na 8ª posição. A grande maioria desses municípios
está no Centro-Oeste. No ranking goiano os principais são: Rio Verde, Jataí,
Cristalina, Mineiros, Goiatuba, Luziânia, Catalão, Chapadão do Céu, Paraúna e
Montividiu.

No que se refere ao valor
adicionado (VA) da indústria os maiores municípios goianos foram: Goiânia,
Anápolis, São Simão, Aparecida de Goiânia, que concentram 44% desse valor,
seguido de Catalão, Rio Verde, Itumbiara, Minaçu, Luziânia e Senador Canedo. No
VA dos serviços (incluindo a administração pública), destacaram-se Goiânia,
Anápolis, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Cidade de Goiás e
Senador Canedo.

Em 2015, as economias goianas com
maior dependência da administração pública, de acordo com o IMB/Segplan, foram:
Anhanguera, Teresina de Goiás, Damianópolis, Jesúpolis, Santo Antônio do
Descoberto, Colinas do Sul, Palmelo, Bonfinópolis, Guarani de Goiás e Nova
Gama. Já as economias com menor dependência da administração pública foram: São
Simão, Cachoeira Dourada, Chapadão do Céu, Davinópolis, Perolândia, Ouvidor,
Paraúna, Pilar de Goiás, Alto Horizonte e Catalão.

Em termos de PIB per capita, em
2015, três municípios goianos se destacam no cenário nacional: São Simão, em
17ª posição, com valor de R$ 162.544,60; Davinópolis (37º lugar), com R$
102.998,16 e Perolândia (38º), com R$ 101.882,14. No ranking goiano os maiores
são: São Simão, Davinópolis, Perolândia, Alto Horizonte, Chapadão do Céu e
Cachoeira Dourada. Já os menores PIB per capita são: Novo Gama, Bonfinópolis,
Santo Antônio do Descoberto, Damianópolis, Águas Lindas de Goiás e Teresina de
Goiás.

O estudo do IMB/Segplan mostra
que os municípios com os menores PIBs per capita do Estado estão
predominantemente nas regiões Leste e Norte e possuem baixa densidade
populacional e forte dependência da atividade de administração pública. Ou
seja, dependem de transferência de recursos públicos. 

Foto: Reprodução

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