Mercado dos Bitcoins entra na bolsa de valores de Chicago

Mercado de moedas digitais inflacionou cerca de 900% nos últimos anos

Postado em: 19-12-2017 às 18h43
Por: Guilherme Araújo
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Mercado de moedas digitais inflacionou cerca de 900% nos últimos anos

Sensação no mercado financeiro, os bitcoins tem
progredido cada vez mais no que diz respeito aos caminhos que a economia atual
tem tomado. Nesta última segunda-feira (18), a moeda estreou na maior bolsa de
futuros do mundo, a CME, em Chicago. Com níveis de valorização cada vez mais
altos – a moeda debutou com preço inicial de US$
20.650, mas nesta segunda-feira já era negociada a US$ 18.817 – especialistas ainda
analisam que sua estréia foi moderada. 




Embora os preços na bolsa de futuros tenham se mantido levemente acima do
mercado à vista (nas exchanges), enquanto no primeiro dia de negociação na CBOE
houve um descolamento de 13%, a novidade simboliza o reconhecimento da força
que as moedas virtuais tem adquirido nos últimos tempos. De acordo com
especialistas, a entrada das moedas na bolsa de Chicado simboliza uma conquista
importante, como afirma o Especialista em Blockchain e Criptomoedas do Grupo XP,
Fernando Ulrich.

O número de
beneficiados também só cresce. Leandro (nome fictício), tem 26 anos. O jovem
gastava praticamente todo o seu dia organizando processos em um escritório de
advocacia. Depois de um bom tempo seguindo uma rotina maçante, pediu as contas
no estágio e decidiu se dedicar aos Bitcoins. A decisão chocou os mais
próximos. Com investimentos de R$ 500 e R$ 600 – todo o valor de sua bolsa –
foi bastante criticado. No entanto, seus investimentos renderam e agora o jovem
pretende se aposentar financeiramente em cerca de 6 meses.

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Casos como o dele são frequentemente mais comuns. No entanto, a
ascensão não é tão interessante para todos: está em tramitação desde 2015 um projeto,
de autoria do Deputado Aureo (RJ), que criminaliza as criptomoedas no Brasil. A medida, que se
aprovada faria o país caminhar na contramão do desenvolvimento e prosperidade
gerados pela revolução da tecnologia, já
que anualmente a moeda tem inflacionado 900%. Para se ter uma idéia, a primeira
transação da moeda, feita em 2010, foi utilizada na compra de 2 pizzas
equivalentes ao US$ 40 – algo em torno de 100 bitcoins. Hoje, ambas custariam
aproximadamente US$ 100 milhões.

Criado em 2008, o bitcoin é uma moeda virtual, não
sendo emitida pelo Banco Central do país, tendo como único responsável um
complexo programa de computadores. A partir dele seus investidores podem
comprá-los e vendê-los, de acordo com a demanda da moeda e formando assim uma
situação similar ao que se passa em um mercado de especulação na bolsa de
valores.

Buscando se adequar à tendência, nesta semana, o
Governo do Estado de São Paulo firmou uma parceria com a empresa estadunidense
CG/LA Infrastructure a fim de realizar o Ilumina SP. O projeto busca oferecer a
modernização da iluminação pública por meio de uma parceria público-privada,
gerando receita aos municípios e otimizando gastos nos serviços.

“Sabemos que existem muitas demandas de PPP em
iluminação, mas fazer PPP não é fácil, requer um conjunto de estudos, de
engenharia, tecnologia e, principalmente, como adaptar os postes atuais e a
eletrificação para um sistema de smart city”, comentou Karla Bertocco,
subsecretária de Parcerias e Inovação.

Para o Estado, é importante que diferentes cidades implementem
a PPP façam com a mesma linguagem ou com linguagens compatíveis. Porque quando
se tem esse conceito de cidades inteligentes, que inclui além de energia, o
wifi e também sistema de monitoramento por câmera, se cada um fizer de uma
maneira, acabamos perdendo uma oportunidade de ter uma informação integrada e,
com isso, melhorar os serviços públicos, inclusive do Estado, como a segurança
pública e gestão de congestionamento”, explica.

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