Mercado de transferências volta crescer e já movimentou mais de R$ 10 bi

Vlahovic custou incríveis 81 milhões de Euros para os cofres da Juventus

Postado em: 01-08-2022 às 09h17
Por: Lorenzo Barreto
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Gabriel Sara é anunciado pelo Norwich após pagamento de 9,5 milhões de libras | Foto: Divulgação

O mercado da bola vem crescendo cada vez mais e sempre com números astronômicos. Com a janela aberta, diversos jogadores estão se transferindo de clube para clube. A Fifa anunciou nesta terça-feira um crescimento na negociação de atletas para o exterior e também no volume financeiro investido pelos clubes em reforços em relação ao mesmo período do ano passado.

Pós Pandemia

Segundo o relatório, os clubes desembolsaram 2,03 bilhão de dólares (R$ 10 bilhões) nas negociações. Isso representa um aumento de cerca de 80% em relação ao mercado do ano passado. 

O balanço publicado pela Fifa indica uma recuperação do futebol depois da crise econômica provocada pela pandemia. Os times voltaram a ter o direito de ter público no estádio e uma recuperação econômica acabou ajudando os clubes a poderem gastar mais. 

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A maior parte do dinheiro envolvido nas negociações (90,2 %) saiu dos times da Europa, confirmando o continente como o maior mercado internacional da bola. 

Bruno Guimarães, aliás, foi um dos protagonistas da janela de inverno. O volante brasileiro foi a contratação mais cara do Newcastle na janela – a quarta maior no total. Além dele, outro brasileiro entrou no top10 de negócios mais caros: o atacante Yuri Alberto, vendido pelo Internacional ao Zenit, da Rússia.

A Premier League foi o principal investidor no início do ano. Os clubes ingleses gastaram 349,5 milhões de dólares ( R$ 1,8 bilhão).Recentemente, adquirido por um fundo de investimento árabe, o clube Newcastle United foi o que mais gastou, ao todo, gastou R$ 590 milhões com cinco reforços, incluindo o brasileiro Bruno Guimarães.

A Itália foi o segundo país que mais investiu no mercado de transferência em janeiro. Os clubes locais desembolsaram 113,6 milhões de dólares (quase R$ 600 milhões) em atletas. O paraibano Arthur Cabral custou cerca de R$90 milhões aos cofres do clube da Fiorentina.  A Juventus que pertence ao Grupo Fiat, gastou cerca de 81 milhões de euros (R$439 milhões)no atacante sérvio Vlahovic

Mercado de brasileiros

O Brasil permanece como o país que mais movimenta o mercado mundial: 377 transferências, entre saídas e chegadas, foram apontadas em janeiro. Mesmo assim, não arrecada tanto com a exportação de atletas. O país está em sexto no ranking, atrás até dos Estados Unidos. Em janeiro, os clubes brasileiros venderam 69,5 milhões de dólares ( R$ 366 milhões), segundo dados da Fifa.

A pesquisa da Sport Track, em parceria com a consultoria Convocados e a empresa XP, trouxe os valores arrecadados por cada clube na temporada passada. E reforça a distância do trio para a maioria das equipes.

Mesmo sem ganhar um título de expressão ano passado, o Flamengo ‘sobrou’ quando o assunto foi faturamento. O time carioca chegou a R$ 1,054 bilhão, com crescimento de 61% em relação à temporada anterior. Fluminense (R$ 342 milhões), Vasco (R$ 186 milhões) e Botafogo (R$ 122 milhões) juntos somaram apenas R$ 632 milhões. A elogiada profissionalização da gestão do Flamengo nos últimos anos permitiu elevar significativamente diversas frentes de receitas do clube, o que foi determinante para a valorização da marca.

O Palmeiras foi quem mais se aproximou do Flamengo com faturamento de R$ 911 milhões em 2021 e um crescimento de 56% em relação a 2020. O atual bicampeão da América segue o trilho dos cariocas e vive de forma saudável há temporadas. 

O São Paulo é outra equipe que consegue “sobreviver” devido à venda de jogadores de sua base em Cotia, para estabilizar as contas do clube. O São Paulo receberá 9,5 milhões de libras (R$ 60,8 milhões) pela venda de Gabriel Sara. O meia chega como uma aposta do Norwich, que disputará a Segunda Divisão do futebol inglês após ser rebaixado na Premier League na última temporada.

Apesar de ter firmado a venda de Gabriel Sara por 9,5 milhões de libras (R$ 60,8 milhões), o São Paulo pode chegar a receber 12 milhões de libras (R$ 76,8 milhões) se o meia atingir metas “bastante factíveis”, conforme o contrato.

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