Desemprego cai para 12% no trimestre encerrado em novembro, mostra IBGE

No trimestre encerrado em novembro, a população ocupada era de 91,9 milhões

Postado em: 29-12-2017 às 12h40
Por: Victor Pimenta
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No trimestre encerrado em novembro, a população ocupada era de 91,9 milhões

A taxa de desemprego no país fechou o trimestre encerrado em
novembro em 12%, uma retração de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre
anterior, quando a taxa estava em 12,6%. Na comparação com o mesmo trimestre do
ano passado, quando a taxa foi estimada em 11,9%, o quadro foi de estabilidade.

Os dados fazem parte da Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua) divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a publicação, no trimestre encerrado em
novembro a população desocupada do país era de 12,6 milhões, registrando queda
de 4,1% em relação ao trimestre anterior – menos 543 mil pessoas desocupadas.

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Em comparação com igual trimestre do ano passado, quando
havia 12,1 milhões de desocupados, houve alta no desemprego de 3,6% (mais 439
mil de pessoas).

A Pnad Contínua mostra que, no trimestre encerrado em
novembro, a população ocupada era de 91,9 milhões, tendo crescido 1% em relação
ao trimestre anterior – o equivalente a mais 887 mil pessoas empregadas.

Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a
população ocupada era de 90,2 milhões de pessoas, o crescimento foi de 1,9% – o
equivalente a mais 1,7 milhão de pessoas.

Informalidade e comércio

O trabalho informal continuou contribuindo para a manutenção
da tendência de alta do emprego que vem sendo registrada nos últimos meses e,
ao lado do número de postos de trabalho gerados pela sazonalidade do comércio
decorrente das festas de final de ano voltou a contribuir para a queda no
desemprego no trimestre encerrado em novembro.

Em consequência, o número de trabalhadores com carteira
assinada  caiu 2,5% no trimestre
encerrado em novembro, comparativamente ao mesmo trimestre do ano passado
(menos 857 mil pessoas com carteira assinada), embora tenha ficado estável em
comparação ao trimestre imediatamente anterior (julho, agosto e setembro).

O número de empregados no setor privado sem carteira assinada
cresceu 6,9% do trimestre encerrado em setembro para novembro – mais 718 mil
pessoas. Já os que trabalhavam por conta própria também tiveram alta (5%),
enquanto os trabalhadores domésticos cresceram 4,1% em relação ao ano passado.

A variação positiva de 0,1 ponto percentual (p.p.) do
desemprego em relação ao mesmo trimestre do ano passado indica que há, por
enquanto, apenas uma queda no ritmo de crescimento verificado nos meses
anteriores. A desaceleração da taxa pode ser percebida pela evolução entre os
trimestres fechados em novembro de 2016 (11,9%) e 2015 (9%), quando a diferença
entre os resultados foi de 2,9 ponto percentual.

Desemprego

Os números indicam que, embora com número de desempregados
superior ao mesmo período do ano passado, o desemprego deixou de crescer. Para
o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a desocupação
ainda está maior que a do ano passado, mas esse crescimento desacelerou
visivelmente na comparação anual. “Não estamos com um número menor de
desocupados [em relação ao ano passado], mas ele desacelerou”.

O IBGE também ressaltou que os números, quando comparados com
o mesmo período de 2016, evidenciam o aumento no nível de ocupação, que é o
percentual de pessoas maiores de 14 anos que estão ocupadas. No ano passado,
esse índice de ocupação foi de 54,1%, enquanto que neste ano a taxa alcançou
54,4%.

“O nível de ocupação cresceu porque o número de pessoas
ocupadas subiu mais do que a população em idade para trabalhar”, disse.

Carteira

O país fechou o trimestre encerrado em novembro último com
33,2 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada, número que indica
estabilidade frente ao trimestre anterior (junho-julho-agosto de 2017), mas no
confronto com o mesmo trimestre do ano passado, significa uma queda de -2,5% –
menos 857 mil trabalhadores com carteira assinada.

Por outro lado, o número de empregados sem carteira de
trabalho assinada cresceu 3,8%, entre o trimestre encerrado em setembro e o
encerrado em novembro deste ano – mais 411 mil pessoas na informalidade. Em
relação ao mesmo trimestre do ano passado este crescimento chegou a 6,9% – mais
718 mil pessoas.

Os trabalhadores por conta própria fechou novembro em 23
milhões de pessoas, ficando estável na comparação com o trimestre
junho-julho-agosto, mas crescendo 5% em relação ao mesmo período do ano passado
– mais 1,1 milhão de pessoas.

Rendimento

Os dados indicam que o rendimento médio real habitual do
trabalhador brasileiro ficou praticamente estável, em R$ 2.142. No trimestre
anterior era de R$ 2.122.

Em relação ao trimestre de junho a agosto de 2017, o
rendimento médio real habitual cresceu apenas na categoria de informação,
comunicação e Atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas, mais 4% – o equivalente a R$ 121. Os demais grupamentos não
apresentaram variação significativa.

Na comparação com o trimestre de setembro a novembro do ano
passado houve aumento apenas na categoria de Agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura, mais 4,8% – o equivalente a R$ 56).

Amassa de rendimento real habitual cresceu 2%, atingindo R$
191,9 bilhões no trimestre encerrado em novembro – mais R$ 3,7 bilhões em
relação ao trimestre de junho a agosto. Frente ao mesmo trimestre de 2016,
houve aumento de 4,5% (R$ 8,2 bilhões). 

Fonte e Foto: Agência Brasil

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