Promoções impulsionam comércio e vendas no varejo crescem 0,7% em novembro

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 5,9% em novembro, comparado a outubro, a oitava taxa positiva seguida e a segunda maior registrada em 2017

Postado em: 09-01-2018 às 10h55
Por: Márcio Souza
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Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 5,9% em novembro, comparado a outubro, a oitava taxa positiva seguida e a segunda maior registrada em 2017

Impulsionado pelas promoções como
a Black Friday, o volume das vendas do comércio varejista do país cresceu 0,7%
em novembro último, comparado a outubro, na série com ajuste sazonal –
compensando a queda de 0,7% registrado em outubro. Na série sem ajuste sazonal,
o comércio varejista cresceu 5,9% em novembro, comparado a outubro, a oitava
taxa positiva seguida e a segunda maior registrada em 2017.

Os dados relativos à Pesquisa
Mensal do Comércio (PMC) foram divulgadas hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).

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De acordo com a gerente da
pesquisa, Isabella Nunes, as promoções pela internet se destacaram no penúltimo
mês do ano. “O que observamos em novembro é que as atividades mais sensíveis às
promoções de novembro – que têm o foco nas vendas pela internet – foram as que
se destacaram. Isso mostra que a queda de outubro foi uma postergação de
compras para novembro”, explicou.

Com o resultado de novembro, o
volume de vendas do comércio fechou o acumulado de janeiro a novembro em 1,9%,
e o acumulado dos últimos 12 meses em 1,1%, mantendo, desta forma, a trajetória
ascendente iniciada em outubro de 2016, quando o setor havia fechado em queda
de 6,8%.

Na passagem de outubro para
novembro, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram resultados positivos,
sendo que os maiores avanços foram observados nos setores de Outros artigos de
uso pessoal e doméstico (8,0%), que teve o maior avanço desde fevereiro de 2004
(8,0%); e Móveis e eletrodomésticos (6,1%), maior resultado desde março de 2017
(6,6%).

Livros, jornais e papelaria
(1,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
(1,2%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
(0,8%) completam os setores que tiveram resultados positivos.

No comércio varejista ampliado –
que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e
de material de construção – o volume de vendas avançou 2,5% em relação a
outubro de 2017, variação também superior ao recuo de 1,7% registrado no mês
anterior (-1,7%).

Frente a novembro de 2016, o
volume de vendas no varejo ampliado subiu 8,7%, sétima taxa positiva
consecutiva, acumulando 3,7% no ano e 2,6% nos últimos 12 meses.

Melhor novembro

O crescimento de 5,9% em novembro
do ano passado, frente a novembro de 2016, foi o melhor resultado para os meses
de novembro desde os 7,1% de 2013.

Para Isabella, esse resultado
mostra que apesar das promoções de novembro estimularem as vendas do comércio,
é necessário haver, também, uma conjuntura econômica adequada ao consumo.

“Essas promoções [pela internet,
como a Black Friday] ainda estão se firmando no Brasil, as últimas três edições
foram as mais fortes, mas a conjuntura não favorecia as vendas”.

Segundo ela, “já em 2017, o poder
de consumo aumentou em relação aos três anos anteriores, houve uma queda do
desemprego, aumento da renda e redução da inflação, por exemplo. Não é à toa
que esse novembro está em um ritmo mais forte”, destacou.

Vendas avançam

Na passagem de outubro para
novembro de 2017, na série com ajuste sazonal, o avanço de 0,7% no volume de
vendas do comércio varejista refletiu resultados positivos em 24 das 27
Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude, para os 6,8% de
Minas Gerais. Por outro lado, entre os estados com variações negativas frente a
outubro, destaca-se Tocantins (-1,8%).

Frente a novembro de 2016, os
resultados das vendas no comércio varejista foram positivos em 23 das 27
Unidades da Federação, com destaques, em termos de magnitude, para Santa
Catarina (15,7%), Rio Grande do Sul (14,8%) e Mato Grosso (14,2%). Quanto à
participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se São Paulo (4,7%) e
Minas Gerais (12,6%).

Quanto ao comércio varejista
ampliado, 25 das 27 Unidades da Federação apresentaram variações positivas na
comparação com o mesmo período de 2016, com destaque, em termos de volume de
vendas, para Rio Grande do Sul (20,9%); Santa Catarina (19,4%) e Amazonas
(19,1%).

Quanto à participação na taxa do
varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (6,4%), Rio Grande do Sul (20,9%) e
Santa Catarina (19,4%). 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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