Índice de investimentos de empresas caiu 0,7% de outubro para novembro, diz Ipea

Trata-se da primeira variação negativa registrada em um período de cinco meses. Se comparados os meses de novembro de 2016 e 2017, observa-se um crescimento de 1,4%

Postado em: 19-01-2018 às 13h35
Por: Márcio Souza
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Trata-se da primeira variação negativa registrada em um período de cinco meses. Se comparados os meses de novembro de 2016 e 2017, observa-se um crescimento de 1,4%

O indicador de Formação Bruta de
Capital Fixo (FBCF), divulgado hoje (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), sofreu uma queda de 0,7% em novembro do ano passado, em
relação a outubro, mês em que subiu 0,1%. O FBCF mensura o volume de bens de
capital das empresas adquirido para gerar outros bens.

Trata-se da primeira variação
negativa registrada em um período de cinco meses. Se comparados os meses de
novembro de 2016 e 2017, observa-se um crescimento de 1,4%. Para o cálculo, são
considerados os investimentos em máquinas e equipamentos, construção civil e
outros ativos fixos, como propriedade intelectual, lavouras permanentes e gado
de reprodução.

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Segundo o Ipea, a construção
civil foi o destaque positivo, ao registrar avanço de 0,7% em novembro, na
série dessazonalizada, recuperando o recuo de 0,1% do mês anterior. Mesmo com a
alta registrada em novembro, o setor apresenta queda acumulada de 5,6% no ano.

O Consumo Aparente de Máquinas e
Equipamentos (Came) registrou uma baixa de 2,1% na comparação com outubro. A
aferição também apontou um declínio de 6,1% nas importações de bens de capital,
em relação a outubro, mês que também havia apresentado queda (16%). “O volume
importado recuou nos últimos dois meses, ainda afetado pelo forte crescimento
ocorrido em setembro, de 30,3%”, disse Leonardo Mello de Carvalho, técnico de
planejamento e pesquisa do instituto.

Com o resultado de novembro, o
indicador de Formação Bruta de Capital Fixo passa a acumular uma retração de
2,4% no ano de 2017. O comportamento dos componentes do índice também foi
heterogêneo quando comparado a novembro de 2016. Enquanto o Came apresentou
alta de 6,5%, a construção civil e o componente “outros” recuaram 0,7% e 1,7%,
respectivamente. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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