Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Para CNI, desempenho da indústria em dezembro sugere trajetória de recuperação

O percentual foi superior ao do mesmo mês de 2016, de 63%, e de 2015, 62%, mas ainda está abaixo de 2014, quando foi de 68%

Postado em: 24-01-2018 às 11h50
Por: Márcio Souza
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O percentual foi superior ao do mesmo mês de 2016, de 63%, e de 2015, 62%, mas ainda está abaixo de 2014, quando foi de 68%

A utilização média da capacidade instalada da indústria
brasileira foi de 64% em dezembro do ano passado, divulgou hoje (24) a
Confederação Nacional da Indústria (CNI), que considerou os dados do fim do ano
como indicadores de uma trajetória de recuperação. O percentual foi superior ao
do mesmo mês de 2016, de 63%, e de 2015, 62%, mas ainda está abaixo de 2014,
quando foi de 68%.

O indicador mede a utilização da infraestrutura disponível
nas fábricas para produzir, e, segundo a CNI, os principais problemas
enfrentados pelo setor são a carga tributária, a falta de demanda interna e a
inadimplência dos clientes.

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Para a CNI, os dados de dezembro sugerem “a manutenção
do processo de recuperação da indústria no encerramento do ano”. A
confederação explica que é comum que a produção caia em dezembro, com o fim das
encomendas para festas de fim de ano, mas, em 2017, a essa queda foi mais
branda.

O índice que mede a variação da produção em relação ao mês
anterior ficou em 42,4 pontos em dezembro, em uma escala de 0 a 100 em que qualquer
valor abaixo de 50 pontos representa recuo. O resultado é o melhor para
dezembro desde 2011, quando o índice foi de 42,6 pontos. Em 2015, dezembro
ficou com 35,5 pontos e, em 2016, com 40,7 pontos.

Ainda segundo a CNI, a queda no índice que mede a variação
no número de empregados foi a menor da série histórica, que começou em 2011.
Assim como a produção, o número de empregados também costuma cair no mês de
dezembro, de acordo com a confederação.

A pesquisa também mostra que houve queda nos estoques, dentro
do que foi planejado pelas empresas.

Situação financeira

O índice que mede a satisfação financeira dos empresários
com o desempenho de suas indústrias continua desfavorável, mas em trajetória de
melhora. No fim de 2015, o indicador estava em 38,8 pontos, em uma escala em
que apenas valores acima de 50 pontos indicam satisfação. No quarto trimestre
de 2017, o índice chegou a 47,3 pontos.

A insatisfação em relação ao lucro operacional também
diminuiu neste mesmo período, de 33,2 pontos para 42,8 pontos, se for levado em
conta que, quanto menor o indicador, pior é a percepção sobre o cenário. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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