Quinta-feira, 28 de março de 2024

IPCA: projeção do mercado financeiro para inflação cai de 5,71% para 5,62%

Caso se concretize, a inflação estará acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, estabelecida em 3,5% para este ano

Postado em: 17-10-2022 às 11h55
Por: Ícaro Gonçalves
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Caso se concretize, a inflação estará acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, estabelecida em 3,5% para este ano | Foto: Reprodução

A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação para 2022, caiu de 5,71% para 5,62% nesta segunda-feira (17/10). Essa foi a 16ª redução consecutiva da projeção feita pelo mercado financeiro e divulgada no Boletim Focus.

O boletim é publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2023, a projeção da inflação ficou em 4,97%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,43% e 3%, respectivamente.

Caso se concretize, a inflação estará acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, estabelecida em 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo

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Em setembro, houve deflação de 0,29%, o terceiro mês seguido de queda no indicador. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e 7,17% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nos mesmos 13,75%. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Com informações da Agência Brasil

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