Projeção de crescimento do PIB é de 3% para este ano

Mesmo com o esperado aumento de preços dos alimentos, a inflação deverá fechar este ano em 3,6%, com cenário positivo para a recuperação do nível de atividade econômica do país

Postado em: 22-03-2018 às 14h30
Por: Victor Pimenta
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Mesmo com o esperado aumento de preços dos alimentos, a inflação deverá fechar este ano em 3,6%, com cenário positivo para a recuperação do nível de atividade econômica do país

Os economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) projetam crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens
e serviços produzidos pelo país) em 2018, mesmo percentual de crescimento
deverá se repetir em 2019. A estimativa consta da Carta de Conjuntura divulgada
hoje (22) pelo Instituto.

Na avaliação do Grupo de Conjuntura do Ipea, a inflação mesmo
com o esperado aumento de preços dos alimentos, deverá fechar este ano em 3,6%,
com cenário positivo para a recuperação do nível de atividade econômica do
país.

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Na avaliação dos economistas, o principal resultado positivo
do primeiro bimestre do ano veio da taxa de inflação. “Apesar da importante
contribuição dos alimentos, mesmo com a exclusão desses preços do cálculo do
IPCA [Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo, do IBGE), o índice
acumulado em 12 meses recuou de 10% para 4,2% entre janeiro de 2016 e fevereiro
de 2018”, diz o estudo.

“A projeção da taxa de variação do subíndice do IPCA para
alimentos em 2018 é 3,63%, enquanto a de bens livres, exceto alimentos, é
2,36%. A estimativa do subíndice desagregado para educação é 6,27%, e de 5,94%
para saúde”, de acordo com o Ipea.

Na avaliação do Ipea, a inflação em patamar baixo mostra que
há espaço para que a política monetária possa estimular o crescimento sem
grandes riscos de escalada de preços. O entendimento é que o resultado em 2018
será explicado principalmente pela expansão do consumo das famílias (estimado
em 3,4%) e do investimento (4,5%).

O consumo do governo deve registrar crescimento nulo,
enquanto as exportações líquidas de bens e serviços devem contribuir
negativamente para o resultado do PIB, com avanço das importações (7,5%)
superior as exportações (6,5%). O crescimento da indústria (3,6%) e dos
serviços (2,9%) deve compensar a queda do PIB agropecuário, projetado para
2,2%).

1º Trimestre

Os economistas do Ipea preveem um crescimento de 1,9% para o
PIB do 1º trimestre do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, puxado
pelo aumento de 3,4% do consumo das famílias, de 4,3% do investimento agregado,
e pelos avanços da indústria, que deverá crescer 2,6% e dos serviços (2,4%).

Para os trimestres seguintes, a expectativa é um novo impulso
ao investimento e de aumento do consumo privado, fazendo com que essas
variáveis fechem 2018 com taxas de crescimento acumulado de 4,5% e 3,4%,
respectivamente.

Segundo a Carta Conjuntura Ipea, o consumo deve permanecer
para o crescimento econômico em 2018, apesar da forte desaceleração no último
trimestre de 2017. “A inflação controlada, os juros em queda ao longo de todo
ano passado e em níveis inéditos de baixa, a redução do endividamento das
famílias como proporção da sua renda, e o comportamento favorável do mercado de
trabalho – com o aumento da ocupação e elevação do rendimento médio do trabalho
– são fatores que apontam para uma aceleração do crescimento do consumo”,
conforme análise do Grupo de Conjuntura.

O Indicador Ipea de Vendas do Comércio (varejo ampliado) –
prévia do resultado da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE – apontou um avanço
de 5,7% na comparação com fevereiro do ano passado.

 Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Internet)

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