Mercado financeiro reduz estimativa de inflação este ano

Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de 4,10% para 4,08%, abaixo do centro da meta de 4,25%

Postado em: 02-04-2018 às 08h45
Por: Márcio Souza
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Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de 4,10% para 4,08%, abaixo do centro da meta de 4,25%

O mercado financeiro reduziu pela
nona semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A expectativa para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de
3,57% para 3,54%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada todas as
semanas pelo Banco Central (BC), elaborada com base em pesquisa sobre os
principais indicadores econômicos.

A projeção está mais distante do
centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a
estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de
4,10% para 4,08%, abaixo do centro da meta de 4,25%. A meta tem limite de 1,5
ponto percentual para cima ou para baixo.

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Nesse cenário de inflação baixa e
economia se recuperando, o mercado financeiro espera que a taxa básica de
juros, a Selic, seja reduzida em 0,25 ponto percentual, de 6,50% para 6,25% ao
ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio. O BC
tem sinalizado que fará mais uma redução na taxa Selic, em maio, e na reunião
seguinte do Copom, em junho, interromperá o ciclo de cortes para analisar o
cenário.

A Selic é o principal instrumento
do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a
Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços,
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o
Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato,
com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

De acordo com a previsão das
instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,25% ao ano e subirá ao
longo de 2019, terminando o período em 8% ao ano.

A estimativa para o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos
no país, deste ano, caiu de 2,89% para 2,84%. Para 2019, a projeção é mantida
em 3%, há nove semanas consecutivas.

 Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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